Bebê leva tiro no colo da mãe dentro de ônibus no RN: ‘Foi horrível, senti muito medo’
“Só pedi a Deus pra não tirá-la de mim porque é a única coisa preciosa que eu tenho”. A frase é de Renata Silva da Rocha, de 19 anos, mãe da bebê baleada dentro de um ônibus na noite desta sexta-feira (21) em Natal. Maysa Rafaely da Silva Nascimento, de 1 ano e 5 meses, foi atingida no abdômen. A bala perfurou o pulmão e o diafragma dele e ainda quebrou uma costela.
“Foi horrível. Graças a Deus quem estava dentro do ônibus nos ajudou. Um rapaz tirou a camisa e colocou no ferimento dela. Todo mundo foi para o meio da pista pedir carona para levarmos ela para o hospital. Pedi ajuda aos policiais porque seria mais rápido com a sirene. Senti muito medo porque a todo momento ela parava de respirar, ficava pálida de tanto sangue que já tinha perdido. Só pedi a Deus pra não tirá-la de mim porque é a única coisa preciosa que eu tenho”, disse Renata Rocha.
Segundo Renata, Maysa passa bem após a cirurgia. “Ela está bem, respondendo bem às medicações. Ela passou pela cirurgia e agora está bem. Se Deus quiser, ela vai para casa logo, correr e brincar como ela sempre fez”.
Após tentarem atendimento no hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, Renata e Maysa foram encaminhadas para o pronto-socorro Clóvis Sarinho, onde passaram por cirurgia. “Eu passei o resto da madrugada com ela. Hoje pela manhã ela já acordou, já chamou mamãe e já deu um sorriso. Isso me deixou muito feliz”, comentou Renata.
Mãe e filha voltavam do jogo entre América e Náutico, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. As duas estavam com Marcos Murilo, marido de Renata e pai da menina. A bala ainda atingiu o braço de Renata.
Toda essa situação deixou Renata e a família ainda mais apreensivas com a insegurança. “Eu não sei nem o que falar, a gente não tem segurança. Se está dentro de casa é assaltado do mesmo jeito, se sai, acontece o que aconteceu”, concluiu.
Até a tarde deste sábado (22), a polícia do Rio Grande do Norte ainda não tinha pistas sobre o autor dos disparos. A principal linha de investigação é o caso seja mais um de rixa entre torcidas organizadas.
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