Publicado em: 2 out 2014

Com Marina em queda, antipetistas podem migrar para Aécio

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Aécio Neves rompeu a barreira simbólica dos 20 pontos percentuais de intenções de voto na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na terça-feira, 30 de setembro. O candidato do PSDB recupera, assim, o terreno perdido durante um mês e meio de campanha. Em 15 de agosto, logo após a morte de Eduardo Campos, ele aparecia com 20% das preferencias. Marina Silva, então provável escolhida para a sucessão no PSB, tinha 21%. Hoje ela tem 25% – no limite da margem de erro, suas propostas a levaram aos mesmos patamares de quando era apenas uma possibilidade, figurava como terceira via e tinha uma rejeição quase residual.

Campos morreu no dia 13 de agosto. Uma semana depois, quando a candidatura de Marina foi definida, o apoio à ex-senadora disparou. No fim de agosto, ela tinha 34% das intenções de voto, contra 15% de Aécio. Dilma tinha 34%. Hoje tem 40% e desponta como favorita para bater sua ex-colega de ministério no segundo turno por 49% a 41%, praticamente o mesmo desempenho em um eventual confronto com o senador mineiro.

A notícia, porém, só é boa para Aécio, que não tira votos de Dilma, mas sim de Marina. Fora do tiroteio e do segundo turno até ontem, ele passa a concentrar as esperanças entre os eleitores antipetistas, que não são poucos. Nas projeções de segundo turno, a petista abocanha 10% dos votos hoje espalhados entre os rivais e chega perto da metade dos eleitores. Venceria tranquilamente, portanto, qualquer um dos candidatos.

Mas, na reta final, quem não pode nem ouvir falar nessa possibilidade tende a reavaliar sua ideia de voto útil. Perdido por perdido, os rivais chegariam à próxima fase da campanha com o mesmo tempo na propaganda eleitoral gratuita, mas o candidato tucano tem uma vantagem sobre a pessebista: a estrutura de seu partido, que tem mais governadores, mais parlamentares, mais história em eleições e, portanto, mais possibilidade de conter a onda em favor da presidenta – uma onda que conseguiu, ora de forma eficiente, ora apelativa, desconstruir a candidatura marinista, que agora tem 25% de rejeição (maior que a de Aécio, com 23%) e registrou fortes quedas no Sul (de 21% a 16%) e no Norte (de 27% para 19%).

É nisso que os coordenadores da campanha tucana pretendem martelar nos próximos quatro dias: “no segundo turno, Marina não tem musculatura para evitar o derretimento total; nós temos”.

Em tempo

A cinco dias da eleição, 5% dos eleitores ainda não sabem em quem votar. Dilma só venceria no primeiro turno se a totalidade desses eleitores decidissem em quatro dias que querem mais quatro anos de um governo conhecido desde 2010. A não ser que alguém saque uma bala de prata daquelas e Dilma consiga crescer entre os apoiadores de Aécio e Marina até domingo, o segundo turno já é fato consumado. O próprio presidente do PT, Rui Falcão, já avisou aos jornalistas que cobrem a campanha: ninguém estará de férias a partir de segunda-feira.

Portal do Litoral PB

Com Yahoo

 




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