Elba Ramalho celebra 35 anos de carreira em nova turnê
Nada de dançarinos animados espalhados pelo palco. No novo show de Elba Ramalho (“Cordas, Gonzaga e afins”) — que aterrissa nesta terça e quarta-feira no Teatro Net Rio, em Copacabana —, a força espiritual de Luiz Gonzaga supera a alegria de qualquer batalhão de bailarinos. Em apresentações introspectivas, a paraibana comemora 35 anos de carreira homenageando o Rei do Baião, seu principal mestre.
— Meu olhar sempre foi o da cena, como atriz. Por isso, eu faço show, canto, danço. Dessa vez, é Gonzaga quem puxa o bonde. Eu sou apenas o condutor — classifica Elba, que também entoa músicas de outros compositores, como Gilberto Gil e Caetano Veloso: — A ideia é cantar outros autores que, de certa maneira, foram iluminados pela obra, pela alegria ou mesmo pela dor de Gonzaga. O trabalho, no fundo, representa o Brasil, tudo o que Gonzaga sugeriu ou inspirou.
O projeto de Elba Ramalho ainda reúne o grupo instrumental Sagrama, o quarteto de cordas Encore, o baterista Tostão Queiroga e os sanfoneiros Beto Hortis e Marcelo Caldi. A formação luxuosa resultará num DVD, que será gravado em Recife, no fim do mês de setembro.
Devota de Nossa Senhora, a cantora mescla o show de uma hora e meia de duração com declamações de poemas dos pernambucanos Newton Moreno e João Cabral de Melo Neto, lembrando a trajetória do sertão ao mar empreendida não apenas por Luiz Gonzaga, mas por ela mesma, que nasceu em Conceição, no interior da Paraíba.
— Gonzaga carrega, no seu matulão, a alma do nordestino. A história dele poderia ser a minha! Eu nasci bem perto dele e também consegui atravessar o sertão — compara Elba, que fala de sua religiosidade: — No sertão, a gente tem o hábito de parar tudo o que estamos fazendo às 18h, apenas para ouvir o sino da igreja. Coloco Deus à frente da minha vida, no meio e atrás. Prefiro que sempre seja feita a vontade Dele. Tenho muita fé, vou à missa todos os dias.
Em março deste ano, num encontro com fiéis da Igreja Católica, a cantora prestou um testemunho polêmico, revelando que sofria agressões do ex-parceiro musical e amoroso Cezzinha. Solteira, Elba mostra desconforto com o assunto.
— Passado é como uma folha que caiu da árvore e o vento levou. Prefiro não lembrar mais esse episódio de minha vida — diz, categórica.
Aos 63 anos, a mulher reconhece que está em boa forma. Mas garante não seguir dietas.
— De fato, eu não pareço a idade que tenho. Peso 60kg e nunca passo disso. A minha genética é que é muito boa. O meu pai morreu aos 93 com cara de 60. Espero chegar lá assim — exclama Elba.
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