‘Vamos nos adaptar às circunstâncias’, diz Dilma sobre economia
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta terça-feira (9) durante evento de campanha em São Paulo que a visão de seu governo sobre a economia não muda num eventual segundo mandato, mas admitiu a necessidade se “adaptar às circunstâncias”.
“Tem coisas que o governo não muda. Agora, quem não se adapta às circunstâncias não está fazendo uma política correta. Nós vamos nos adaptar às circunstâncias. Eu tenho certeza que um segundo mandato, se porventura eu for eleita, terá condições conjunturais completamente diversas, porque eu espero que a economia internacional se recupere. Não acho que ela vai continuar andando de lado”, disse Dilma.
A declaração de Dilma foi dada após ela ser questionada por jornalistas sobre como deve ser o perfil do novo ministro da Fazenda. Na segunda-feira(8), ela afirmou em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” que o atual chefe da pasta, ministro Guido Mantega, já comunicou que, por motivos pessoais, não permanece no governo num eventual segundo mandato.
Nesta terça, a candidata disse que todo governo novo deve ter “uma equipe nova, um perfil novo”, mas se recusou a traçar o perfil de seu possível futuro ministro. “Eu não posso fazer uma comparação entre pessoas, entre perfis de pessoas. É algo extremamente desagradável. Vou falar para vocês qual o ponto fundamental da visão do meu governo: que não muda.”
Rebaixamento de nota por agência de risco
Dilma também foi questionada várias vezes sobre o rebaixamento, pela agência de classificação de risco Moody’s, do rating (nota) dos títulos do governo brasileiro de “estável” para “negativa”. A candidata não respondeu diretamente à questão, mas frisou que o Brasil é estável do ponto de vista macroeconômico e fez referência aos seus adversários na disputa presidencial.
e candidata à reeleição
“A visão do meu governo não muda. Tem uma característica de cláusula pétrea. Nós temos um compromisso: garantir que o Brasil tenha inclusão social, redução da desigualdade, mais emprego e desenvolvimento e ao mesmo tempo ser um Brasil mais moderno, produtivo, competitivo. Agora, que ele seja inclusivo. Isso significa que a nossa posição é completamente diferente dos outros dois candidatos”, declarou.
Segundo ela, seus adversários falam que é objetivo imediato e fundamental pagar a dívida pública. “Eu não sei se vocês sabem, mas nós somos um dos poucos países do G20 que têm dívida pública do tamanho da nossa. Estamos entre o quinto e o sexto país que tem a menor dívida pública no G20. De todos os países do G20, nós temos o segundo maior superávit em termos de país.”
A presidente disse considerar muito fácil falar em diminuir as reservas cambiais, mas lembrou que isso pode trazer a possibilidade de, a cada vez que houver crise internacional, o país ter de voltar a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Faz 12 anos que não aparecemos para o Fundo Monetário como devedores. Reduzir a reserva para quê? Para voltar a dever ao Fundo Monetário? A troco de quê?”, questionou.
Portal do Litoral PB
Com G1
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