SUS deve passar a oferecer transplante multivisceral
O Ministério da Saúde acerta os últimos detalhes para incluir o transplante multivisceral no Sistema Único de Saúde (SUS). Na cirurgia, os pacientes com indicação para o procedimento recebem, de uma só vez, estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado, retirados em bloco, de um único doador. Até agora, duas operações do tipo foram feitos no país, ambos em São Paulo: um em 2012, no Hospital Albert Einstein, e outro neste ano, no Hospital das Clínicas.
“O primeiro passo será definir o marco regulatório”, diz Heder Murari, coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes. Entre os pontos que deverão ser definidos por regulamento, segundo ele, estão os critérios para indicação do tratamento e para a fila de espera por doador. “No transplante multivisceral, órgãos de um doador são encaminhados para um paciente apenas. Nos demais, vários pacientes são beneficiados. É preciso criar regras claras para definir a estratégia que resolva essa equação de forma justa”, afirma Murari.
As regras estarão em um decreto, que deverá ser encaminhado nos próximos dias para a Casa Civil. O texto abre espaço também para a realização do transplante de tecido composto, como é batizado o procedimento que permite o transplante de braços, pernas ou da face.
De acordo com Murari, a proposta do decreto integra uma série de medidas para o setor. Ele informou que será criado um Sistema de Regulação do Transplante de Medula Óssea, que permitirá o intercâmbio de pacientes entre Estados para a realização do procedimento. Atualmente, são 29 centros especializados e credenciados pelo SUS para esse tipo de transplante, mas 80% dos procedimentos ocorrem em 13 centros, segundo o coordenador.
Portal do Litoral PB
Com Veja
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