Publicado em: 2 ago 2014

Quarto acusado pela morte de médico paraibano se entrega em Pernambuco

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Um dos acusados de participar da morte do médico paraibano Artur Eugênio Azevedo, assassinado em maio deste ano, se entregou à Delegacia de Homicídios de Jaboatão dos Guararapes na noite da quinta-feira (31), por volta das 21h. O delegado de Prazeres, Guilherme Caraciolo, que acompanha o caso, confirmou a informação e também disse que Jailson Duarte de César se apresentou acompanhado do advogado Jeferson Farias. Segundo o advogado, Jailson compareceu ao Fórum de Jaboatão para prestar alguns esclarecimentos à Justiça. Ele já foi levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde fica à disposição da justiça.

A prisão preventiva dos cinco acusados da morte do médico foi decretada na quinta pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A juíza Inês Maria de Albuquerque, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, aceitou a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e acatou a solicitação do delegado Guilherme Caraciolo. Dos cinco réus no processo, além de Jailson, três outros já se encontram detidos: o médico Cláudio Amaro Gomes; o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Junior – desde o dia 3 de junho; e Lyferson Barbosa da Silva, capturado por acusação de participar de um assalto a banco. O último suspeito, Flávio Braz de Souza, encontra-se foragido, segundo o TJPE.

Os cinco foram denunciados por homicídio duplamente qualificado – pois o crime foi mediante pagamento promessa de recompensa e sem chances de defesa para a vítima; além de apropriação indébita do carro e pertences de Artur e também por comunicação falsa de crime, devido à informação de que o carro usado no crime teria sido roubado. De acordo com a decisão da juíza, os denunciados devem responder à acusação, por escrito, no prazo legal de dez dias.

Câmeras de segurança (Foto: Moema França/G1)Câmeras de segurança de hospital onde Artur trabalhava
mostram Cláudio Amaro Gomes Júnior na noite em que
médico foi assassinado (Foto: Moema França/G1)

Envolvidos
Quem tiver informações sobre o caso pode telefonar para (81) 3421-9595, que atende à Região Metropolitana doRecife e à Zona da Mata Norte, ou (81) 3719-4545 (moradores do interior do estado). Também é possível repassar informações através do site do Disque-Denúncia, que permite envio de fotos e vídeos. O serviço funciona 24h, todos os dias da semana. O anonimato é garantido.

Entenda o caso
O médico Cláudio Gomes e o filho são suspeitos de planejar a morte do cirurgião Artur Eugênio, que foi arrastado por dois homens na entrada do prédio onde morava, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na noite do dia 12 de maio deste ano. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte, com marcas de tiro, às margens da rodovia BR-101, em Jaboatão dos Guararapes. O carro da vítima foi queimado e abandonado no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife.

As investigações apontam que Cláudio Gomes e Artur, que já trabalharam juntos, tinham divergências profissionais, o que teria motivado o crime. No dia 13 de junho, a juíza Inês Maria de Albuquerque indeferiu o pedido de revogação de prisão para o médico Cláudio Gomes. No dia 9 de junho, o desembargador Marco Maggi, 4ª Câmara Criminal, já havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do médico.

Artur era paraibano e atuava no Hospital de Câncer de Pernambuco, Hospital das Clínicas, Imip e Português. Ele tinha família em Campina Grande e era formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O médico era benquisto e descrito como uma pessoa calma – o corpo dele foi enterrado no dia 15 de maio, em Campina Grande.




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