Publicado em: 25 jul 2014

Auditória aponta que Cruz Vermelha desviou doações no Brasil

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Auditoria encomendada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, órgão com sede em Genebra, na Suíça, aponta que a Cruz Vermelha Brasileira desviou dinheiro arrecadado em campanhas humanitárias para socorrer vítimas de crise na Somália, do tsunami no Japão e das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro.

As informações foram publicadas nesta sexta-feita (25) pelo do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a publicação, os valores desviados – R$ 212 mil nas duas primeiras campanhas e R$ 1,6 milhão, na última – foram repassados a uma ONG que pertence à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha à época em que as transferências foram feitas, Anderson Marcelo Choucino.

Outra parte das doações – R$ 523 mil – foi destinado para fundos de aplicação.

A auditoria do suposto escândalo envolvendo uma possível corrupção na Cruz Vermelha Brasileira foi feita pela empresa Moore Stephens, consultoria independente de Londres.

O Instituto Humanus, ONG que recebeu o dinheiro, fica localizado em São Luís, no Maranhão, e está registrado em nome de Alzira Quirino da Silva, mãe de Anderson Marcelo Coutinho.

Segundo números revelados pela auditoria, o Humanus recebeu R$ 15,8 milhões da Cruz Vermelha de 2010 a 2012, sem nenhum tipo de comprovação que o valor tenha sido utilizado para prestar os serviços devidos. Como em dez filiais analisadas não havia nenhum tipo de documentação que comprovasse o destino do dinheiro, a auditoria não conseguiu especificar a origem de todo o dinheiro transferido para o Instituto Humanus.

Em 2012, a Humanus recebeu cerca de R$ 100 mil da filial no Rio Grande do Sul. O dinheiro deveria ser utilizado para ajudar a um hospital em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

No Brasil, existe a Cruz Vermelha nacional (órgão central) e dezenas de filiais nos estados e municípios. De acordo com o estatuto da instituição, cada filial tem a autonomia para gerenciar o seu funcionamento, enquanto o órgão central é controlado pela federação internacional, embora todas compartilhem a mesma marca internacional.

Portal do Litoral PB

com UOL




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