Publicado em: 12 jul 2014

Psiquiatra classifica Laerte como psicopata: ‘É a personificação do mal’

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Desde que “Em Família” estreou, em fevereiro deste ano, Laerte, personagem interpretado por Guilherme Leicam e Gabriel Braga Nunes, já demonstrou que tem uma séria desordem de personalidade.

Nos primeiros capítulos da novela de Manoel Carlos, motivado pelo ciúme por Helena (Bruna Marquezine/Júlia Lemmertz), o músico provocou uma sequência de tragédias: feriu o rosto de Virgílio (Nando Rodrigues/Humberto Martins), enterrou o amigo vivo e foi se casar com Helena sem o menor remorso. Foi preso em pleno altar e acabou provocando o enfarte do pai da noiva na igreja e o rompimento entre as irmãs Selma (Camila Raffanti/Ana Beatriz Nogueira) e Chica (Juliana Araripe e Natália do Vale).

Anos mais tarde, após um período no exterior, Laerte voltou ao Brasil e se apaixonou por Luiza (Bruna Marquezine), especialmente pela semelhança da estudante com Helena na juventude. Depois de seduzir a jovem e finalmente conseguir namorá-la, causou outros conflitos na família, como a separação entre a mãe e a filha, a crise no casamento de Virgílio (Humberto Martins) e Helena e o risco de morte de André (Bruno Gissoni). Com ciúme de Luiza com o ex durante uma festa, o flautista desafiou o estudante a pular um vão alto. Mas o rapaz acabou escorregando e ficando pendurado.

Além de provocar inúmeras situações por conta do ciúme, Laerte também é extremamente possessivo com Luiza e a todo o momento mostra que quer a estudante só para ele. A pedido do UOL, o psiquiatra Luiz Alberto Py, autor do livro “Saber Amar” – que trata de temas como timidez, ciúme, carência e traição – traçou o perfil do flautista.

“Primeiro, nós estamos falando de um personagem de novela. Não estamos falando de uma pessoa. O Laerte é o que o Manoel Carlos [autor da novela] quiser que ele seja. Tem que ficar claro isso. Mas pelo comportamento dele, ele é um psicopata”, analisou.

Py listou características da personalidade da Laerte: “Ele é inseguro, ciumento, violento, arrogante só pensa nele mesmo, não pensa nos outros. Ele é o bandido, a personificação do mal. Essa é a ideia que o autor passa para esse personagem. Então, a linha psiquiátrica básica dele é a psicopatia. Ele tem as características da psicopatia bem marcantes aliadas ao fato de que ele é um talentoso músico na carreira”, explicou.

Para o psiquiatra, provavelmente Laerte teve outras psicopatias ao longo dos anos que ficou afastado, que não foram mostradas na novela. “Mas elas devem ter acontecido porque é da natureza do psicopata estar sempre cometendo psicopatias. O que caracteriza um psicopata é a falta de empatia, a falta de sentimento efetivo em relação ao próximo. O sentimento que ele tem em relação a Luiza é de possessividade. Não é amor. Ele é egocêntrico”, definiu.

Py afirmou que muitas pessoas confundem ciúme e possessividade com amor. “Amor é respeito, carinho e querer bem o outro. Querer possuir o outro, comandá-lo e querer o outro só para você sãos características de possessividade e não de amor. O sujeito que bota um adesivo no carro dizendo ‘não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho’ não sabe o que é amor. A pessoa que diz que ama um objeto não sabe o que é amar. Amar é respeito, consideração, carinho, relacionamento. E o Laerte é possessivo, trata a Luiza como objeto”, explicou, opinando sobre que final o personagem merece na história. “O que o autor da novela quiser. Não estou na cabeça do Manoel Carlos para terminar a novela dele. Os psicopatas das novelas costumam ser castigados”.

Portal do Litoral PB

Com Uol 




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