Publicado em: 3 jul 2024

Desvendando a Tríade de Calnan: Uma Exploração da Fenda Palatina Submucosa

A Tríade de Calnan é uma complexa interação de características clínicas encontradas na fenda palatina submucosa. Esta condição, inicialmente delineada por Calnan, apresenta-se como uma malformação congênita que afeta o palato, gerando uma tríade distintiva de sinais diagnósticos.

Características da Tríade de Calnan

A primeira peça dessa tríade é a úvula bífida, onde a estrutura em forma de “pendente” localizada no fundo da garganta apresenta uma divisão em duas partes.

A segunda característica é a separação do músculo do palato mole da linha média, acompanhada por uma superfície mucosa íntegra. Por fim, observa-se um defeito posterior da incisura palatal, uma abertura na parte posterior do céu da boca e chanfradura no palato, perceptível ao toque do cirurgião plástico.

Estima-se que a prevalência da fenda palatina submucosa seja de aproximadamente 1 a cada 1.250-5.000 nascimentos, o que a coloca como uma das malformações craniofaciais congênitas mais comuns. Curiosamente, embora essa condição possa estar associada a cerca de 40 síndromes distintas, na maior parte das vezes, ela se apresenta como uma anomalia craniofacial isolada, não vinculada a outras condições genéticas.

A Tríade de Calnan requer uma abordagem abrangente no diagnóstico e tratamento. Profissionais de diversas especialidades, como cirurgiões plásticos, geneticistas, fonoaudiólogos e ortodontistas, muitas vezes unem forças para oferecer cuidados personalizados aos pacientes afetados por essa condição.  Essa colaboração multidisciplinar é essencial para garantir o melhor resultado possível e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Diferença entre a fissura submucosa e a fissura labiopalatina

A fissura submucosa refere-se a uma abertura ou fenda que ocorre dentro da mucosa, a camada de tecido que reveste internamente a cavidade oral, nasal ou outras estruturas do corpo. Essa fissura pode estar localizada em diferentes regiões, como o palato (céu da boca), a úvula (a estrutura em forma de “pendente” no fundo da garganta) ou outras áreas da boca.

Geralmente, a fissura submucosa é diagnosticada com base em sinais clínicos específicos, como a presença de úvula bífida, separação do músculo do palato mole da linha média e defeito posterior na incisura palatal.

Por outro lado, a fissura labiopalatina envolve uma malformação que afeta tanto os lábios quanto o palato. Essa condição é caracterizada por uma abertura ou fenda que se estende da boca até o nariz, afetando tanto a parte frontal quanto a parte posterior do palato. A fissura labiopalatina pode variar em extensão e gravidade, desde fissuras unilaterais que afetam apenas um lado da boca até fissuras bilaterais que se estendem por ambos os lados. Essa condição é geralmente diagnosticada ao nascimento ou durante exames pré-natais.




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