A 3ª denúncia no âmbito da Operação Indignus, que apura fraudes e desvios no Hospital Padre Zé em João Pessoa foi apresentada, nesta quarta-feira, (29), peloMinistério Públicp. Na ação os promotores relatam o ‘sumiço’ de dezenas de aparelhos celulares que tinham sidos doados pela Receita Federal à instituição.
Foi justamente o “sumiço” desses celulares que deu início à investigação que mira desvios de R$ 140 milhões. A denúncia foi recebida dias atrás pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, José Guedes Cavalcanti.
Além do ‘sumiço’ dos aparelhos, o MP também denunciou Egídio de Carvalho em outras duas ações. Uma tendo como objeto a compra e aluguel de um veículo, a uma ex-diretora; e outra para apurar a aquisição de monitores hospitalares.
Foram denunciados o padre Egídio de Carvalho, ex-diretor da entidade; e Samuel Segundo, ex-funcionário do Hospital.
A investigação inicialmente conduzida pela Polícia Civil através da Operação Pai dos Pobres aponta que Egídio e Samuel foram até o Foz do Iguaçu, no Paraná, para pegar o material. A carga foi conduzida até João Pessoa e 15 caixas foram levadas para ficarem guardadas na sede do hospital. Depois de um período, foi constatado que 12 caixas estavam esvaziadas, essas com itens de valores elevados.
O Ministério Público pede a condenação de Egídio e Samuel e pagamento de R$ 525 mil em danos morais e R$ 1 milhão em danos morais coletivos.
No dia 22 de maio, a Justiça recebeu a denúncia, transformando Egídio de Carvalho e Samuel Segundo em réus.