Copa injetou R$ 6,7 bilhões na economia brasileira, diz Embratur
A Copa do Mundo injetou R$ 6,7 bilhões na economia brasileira de turismo, segundo estimativas da Embratur. Os recursos são gastos de turistas nacionais e estrangeiros no período da Copa, considerando os 30 dias de competição e eventos realizados antes e os que serão feitos depois do campeonato.
“São números importantes para a economia, que nos colocam em primeiro lugar na economia do turismo na América Latina e em sexto no mundo”, afirmou o presidente da Embratur, Vicente Neto.
O presidente da instituição participou de painel com professores da Fundação Getulio Vargas (FGV) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) com o tema “Impacto dos Grandes Eventos na Economia Brasileira”. No evento, ele acrescentou que a organização da Copa do Mundo ajudou a gerar um milhão de empregos – o que correspondeu a 15% de todas as novas vagas geradas durante a gestão da presidente Dilma Rousseff.
No entanto, acadêmicos que estavam no evento criticaram a forma como “megaeventos”, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, estão sendo realizados e questionaram os dados divulgados pelo governo de impacto positivo que essas competições terão na economia brasileira.
“Enchem a boca para falar que R$ 6,7 bilhões entraram na economia brasileira. Temos de ter em mente que nosso PIB [Produto Interno Bruto] é de quase R$ 4,5 trilhões. Então, R$ 6,7 bilhões não significam nada, mas, como falam em bilhões, parece que algo grandioso”, afirmou o professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Pedro Trengrouse.
De acordo com o professor Lamartine da Costa, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), os dados apresentados pelo governo obviamente só poderiam ser positivos. Ele alertou que é preciso, no entanto, relativizar essas informações.
“Eles são manipulados pelo porte da situação. Os dados beneficiam qualquer governo, mas a faceta negativa dos megaeventos não aparece no momento, mas no longo prazo”, afirmou Costa.
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