Publicado em: 26 abr 2024

Livro de paraibano sobre o câncer e que gerou demissões do Ministério da Saúde será relançado em junho com dados atualizados

O livro “Peregrinação da Morte”, do escritor paraibano Roosevelt Matias de Santana e que aborda a problemática do câncer será relançado em junho com informações atualizadas.  Em sua primeira edição, o livro gerou a demissão de cinco funcionários do Ministério da Saúde por causa das denúncias relatadas. A primeira edição da obra foi lançada em 2011 em várias cidades do país foi considerada pelos críticos como uma das mais polêmicas no segmento.

Roosevelt Matias explicou a ideia de escrever o livro surgiu após ele perder o pai biológico e um legítimo vítimas de câncer e de ter presenciado a triste realidade de pessoas humildes peregrinar na luta por medicação e tratamento.  “Isso me tocou muito e fez eu me tornar um ativista na luta em defesa das pessoas acometidas pelo câncer”, disse.

Para colher as informações que estão contidas no livro contou que percorreu os 27 Estados do Brasil e encontrou inúmeros pacientes no hospital, sofrendo em busca de atendimento. Roosevelt Matias afirma, através do livro, que falta estrutura para identificar e tratar a doença no país. E ainda acrescenta que “essa ausência de políticas gera diagnósticos tardios e mortes precoces”.

Roosevelt faz críticas severas quanto ao tratamento de portadores de câncer. “Faltam equipamentos, medicamentos e informações sobre a doença para os pacientes. Quando descoberto em estágio avançado, o tumor leva à morte. De cada dez portadores, seis são pobres e, destes, apenas um escapa”, declara Matias.

DENÚNCIAS

O livro de Roosevelt Matias ainda contém denúncias contra o governo federal e acusa o Ministério da Saúde de adotar medidas que contrariam os interesses dos pacientes. Exemplo disso, segundo Matias, é a troca de medicamentos utilizados nas sessões de quimioterapia. “O MS dá prioridade ao preço e não à qualidade dos medicamentos que adquire para combater o câncer”, afirma.

Nas páginas do “Peregrinação da Morte”, o autor também critica as estatísticas apresentadas pelo Inca. Ele declara que o Instituto estaria apresentando números “fantasiosos” que não condizem com a realidade.

DESVIO

A obra ainda afirma que organizações não governamentais estariam desviando parte do dinheiro doado à assistência dos portadores. Segundo Roosevelt, algumas dessas instituições teriam sido criadas apenas para servir de base político.




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