Publicado em: 17 jun 2014

NA PB: Servidores da Cagepa entram em greve; Confira

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Os problemas com o serviço de abastecimento de água e atendimento ao cliente, pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) deverão aumentar com a greve que foi deflagrada ontem, por mais de dois mil servidores da Paraíba.
 
Todo o interior do Estado está prejudicado com as paralisações.
 
Além de reajuste salarial condizente com a inflação e melhores condições de trabalho, os servidores exigem mais investimentos na estrutura da companhia, que segundo eles continua defasada.
 
Ontem, os servidores estiveram reunidos em manifestação por todo o interior e em Campina Grande no escritório do Centro da Cagepa.
 
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia, pelo menos 50% do que é liberado pelo Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que abastece 19 municípios, incluindo Campina, acaba sendo desperdiçado por vazamentos e ligações clandestinas.
 
“Esse seria o ponto inicial para mudar a situação que a companhia se encontra hoje, tentar conter esses problemas. Também defendemos, desde fevereiro do ano passado, o racionamento da água de Boqueirão, pois daqui há pouco poderá haver colapso no abastecimento”, disse.
 
Os pedidos por melhores condições de trabalho são estendidos para a obtenção de equipamentos para a manutenção dos serviços, além de equipamentos de proteção individual (EPI). Com relação à questão salarial, os servidores informaram que há três anos o salário é reajustado abaixo da inflação.
 
O presidente do sindicato explicou que apesar da greve, a distribuição de água não será afetada, mas serão paralisados os serviços de: atendimento comercial, corte, ligação, leitura, retirada de pequenos vazamentos e substituições de hidrômetros. “Eventualmente se houver um grande vazamento nós vamos atender”, disse.
 
Conforme o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, o reajuste de 6,57% da inflação integral, oferecido aos servidores vinculados ao sindicato de João Pessoa e que já foi acordado, também está sendo oferecido ao restante do Estado. Ele informou que a Cagepa sofreu durante muitos anos um sucateamento com a falta de investimentos, mas que o problema está sendo combatido. 
 
“Esses problemas operacionais não são segredo, mas a Cagepa tem investido de diversas formas, como por exemplo, melhorando o sistema de automação, que em Campina Grande foram R$ 4 milhões e, em João Pessoa, mais R$ 10 milhões”, explicou.
 
Ele explicou que existe uma preocupação da Cagepa com a distribuição de água nos próximos meses e que um racionamento está sendo estudado para os municípios abastecidos pelo Boqueirão. Até a última sexta-feira, o manancial estava com 31,4% de seu volume total, que é de 411.686.287 m³.
 
Portal do Litoral PB
com Jornal da Paraíba



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