Secretaria de Saúde orienta população sobre o uso de medicamentos contraindicados em casos de suspeita de dengue
Com o aumento de casos notificados de dengue e outras arboviroses em todo o Brasil, algumas pessoas com possíveis sintomas dessas doenças tomam medicamentos por conta própria, sem passar por uma consulta médica. Por isso que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta que a automedicação pode expor o paciente a uma situação arriscada, levando em consideração que podem estar ingerindo medicamentos contraindicados e que podem ocasionar prejuízos à saúde.
Segundo o médico Felipe Montenegro, diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cruz das Armas, os medicamentos contraindicados em caso de suspeita de dengue são aspirinas e AAS (ácido acetilsalicílico), anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, nimesulida e naproxeno) e corticosteroides (prednisona e hidrocortisona). “São totalmente contraindicados no quadro de dengue e podem aumentar o risco de sangramento”, alertou.
Ainda de acordo com o médico, não há medicamentos específicos para os pacientes com dengue ou outras arboviroses. “As dúvidas mais frequentes que as pessoas ficam são o que tomar ou não tomar e quando tomar. Mas é importante explicar que, a dengue como um vírus, não tem uma medicação específica para resolução desse quadro. O que possuímos hoje são medicações que objetivam melhorias no quadro clínico”, explicou.
“Vale ressaltar que essas medicações devem ser receitadas por um profissional médico, em virtude de suas contraindicações, mediante o quadro clínico de cada paciente, conforme o que este paciente relata dentro do consultório médico”, destacou Felipe Montenegro.
O médico pontuou que pacientes com o mesmo diagnóstico pode ter sintomas diferentes e, por isso, a importância da avaliação médica para receitar os medicamentos mais adequados. Ele ainda chamou a atenção dos pacientes que, porventura, já fizeram uso de medicamento sem orientação médica prévia. “Para esse usuário, é muito importante suspender a medicação, se manter hidratado e observar se vai existir mais algum sintoma como a presença de um quadro de sangramento”, orientou.
“Mas ratifico a necessidade de procurar uma orientação médica para esses quadros de dengue para que não se exponham a uma piora do quadro clínico ou uma complicação hemorrágica em virtude de uma não orientação prévia”, concluiu.
Dengue – É uma doença infecciosa, causada por um vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A doença não tem tratamento específico e seus principais sintomas são febre alta e dores no corpo e, nos casos mais graves, dengue hemorrágica, pode levar ao óbito.
Em João Pessoa, este ano, já foram notificados 3.446 casos de arboviroses (dengue, zika e chikungunya). Levando em consideração apenas os casos de dengue, até o momento foram registradas 3.209 notificações.
Serviço – Em casos de sintomas de arboviroses, os pacientes devem se dirigir a sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência. Se os sintomas são mais agudos, podem procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou o Hospital Municipal do Valentina (HMV), no caso de crianças.
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