Publicado em: 14 jun 2014
Mulher morre 1 mês após parto na Paraíba e parentes reclamam; Confira
Quase um mês depois de dar à luz seu terceiro filho, a campinense Samara Vieira da Silva, 30 anos, morreu em virtude de possíveis complicações ocorridas durante o parto, realizado no dia 12 de maio, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
A família dela relata que a gestação foi saudável e acusa a maternidade de não ter prestado atendimento adequado à paciente, que aproveitou a cesariana para se submeter a uma laqueadura. Conforme relato da mãe de Samara, o parto e a laqueadura foram feitos por um médico residente. Já a direção do Isea informa que o caso será apurado pelo Comitê Municipal de Investigação de Mortalidade Materno-Infantil.
Segundo a mãe de Samara, Severina Vieira, a gestação foi saudável e o pré-natal feito no posto de saúde. “Ela conseguiu com uma amiga vaga para fazer a laqueadura no Isea, junto com o parto”, afirmou ela, ao explicar que desde a primeira vez que foi à maternidade até o parto Samara foi atendida pela mesma pessoa, que para a família se tratava de um médico, mas que, conforme própria direção do Isea é, na verdade, um residente.
A paciente recebeu alta na quinta-feira e continuou passando mal. Ela foi à maternidade na segunda, onde foi orientada a tomar medicamentos porque estava com coágulos na barriga.
No dia seguinte, retornou ao Isea passando mal e passou por uma cirurgia. Ao sair do centro cirúrgico, em estado grave, ela foi transferida com quadro de infecção para a UTI de outro hospital, onde morreu na última segunda-feira.
Inconformada com a morte da única filha, Severina disse que a família não recebeu nenhuma satisfação da maternidade sobre o que aconteceu para que o quadro chegasse a tamanha gravidade. “Desde que teve a filha ela só sentia dor e ninguém resolvia o problema dela, mandando tomar remédio e voltar para casa, dizendo que aquilo era normal”, disse.
Já a diretora do Isea, Marta Albuquerque, informou que, por se tratar de um óbito materno, o caso será apurado pelo Comitê Municipal. Sobre o fato de a cesariana e a laqueadura terem sido feitos por um médico residente, ela disse que não há nada de errado, já que esses profissionais só atuam na presença de plantonistas supervisores.
Portal do Litoral PB
com Jornal da Paraíba
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