Em meio à investigação, padre renuncia cargo no Hospital Padre Zé e na paróquia que comandava, em João Pessoa

Após a renúncia da gestão do Hospital Padre Zé, o padre Egídio de Carvalho Neto também deixou o cargo de pároco da Igreja Santo Antônio do Menino Deus, localizada no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa.

Em comunicado, nesta quarta-feira (20), a Arquidiocese da Paraíba afirmou que acolheu o pedido de renúncia apresentado por ofício pelo religioso.

Egídio renunciou o cargo na unidade de saúde na última segunda-feira (18). A decisão aconteceu em meio à investigação de furto de celulares doados pela Receita Federal para a instituição. Em nota, a Arquidiocese da Paraíba disse que não foi informada oficialmente sobre a investigação de possíveis irregularidades na gestão do hospital.

As renúncias do padre Egídio, tanto da direção do Hospital Padre Zé quanto da paróquia, ocorrem após denúncias de furtos e vendas de equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal à unidade hospitalar. Os prejuízos chegariam a mais de R$ 500 mil.

Os equipamentos teriam sido entregues pela Receita Federal diretamente ao padre Egídio e a um jovem de nome Samuel Segundo para serem vendidos durante um bazar para arrecadar fundos para o Hospital Padre Zé. Porém, eles desapareceram.

O advogado Aécio Farias, que está atuando na defesa de Samuel Segundo, informou, nesta quarta-feira (20), que ele foi preso no último dia 3, prisão que foi revogada no dia 6.  “A justiça decretou medidas cautelares que estão e serão cumpridas integralmente pelo acusado. A defesa aguarda o fim da investigação para melhor se pronunciar”.

De acordo com a delegada Maíra Roberta, chefe de gabinete da Delegacia Geral da Polícia Civil da Paraíba, a denúncia do suposto desvio foi registrada pelo próprio diretor do Hospital Padre Zé. Ainda segundo ela, a direção do hospital tem colaborado com as investigações.

No comunicado emitido nesta quarta (20), a Arquidiocese afirmou que ela e o Hospital Padre Zé “se comprometem a colaborar integralmente com as investigações em curso, disponibilizando todos os recursos e informações necessários para que as apurações avancem de forma célere e eficaz”.

A Arquidiocese da Paraíba concluiu a nota dizendo que permanece “à disposição das autoridades competentes e da sociedade em geral, com o firme propósito de assegurar a continuidade do serviço de qualidade prestado à população paraibana”.

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