TJPB mantém prisão de mulher condenada pelo envenenamento de três crianças na Paraíba
O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), manteve, nesta terça-feira (29), a prisão da agricultora Vânia Maria da Silva, condenada por matar três crianças envenenadas no município de Itabaiana, interior da Paraíba. Os crimes aconteceram em 2017 e ela já havia sido condenada a 48 anos de prisão pelo 1º Tribunal do Júri da Comarca de Itabaiana. Vânia continua negando o crime e ainda tem o direito a recorrer do julgamento.
O crime:
Na época, o delegado Felipe Luna Castelar, responsável pelo caso, informou que a mulher tinha laços de amizade com as três crianças mortas por envenenamento. “Pessoas ouvidas pela Polícia Civil relataram que a senhora Vânia Maria da Silva esteve nos locais onde as pessoas ingeriram os alimentos envenenados. Em alguns casos, ofereceu o alimento”, explicou o delegado, que estava acompanhado de Raquel Azevedo, chefe do Núcleo de Laboratório Forense.
De acordo com Felipe Castelar, com as vítimas foi utilizado o mesmo modus operandi e todas tiveram contato com a suspeita antes de morrerem, apresentando sintomas como: cegueira, náuseas, vômitos e dificuldade de respiração e equilíbrio, entre outros. Os laudos do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmaram a presença de veneno para ratos, conhecido como chumbinho, nos corpos das vítimas.
Vânia Maria era madrinha de Letícia Firmino de Sousa, 12 anos, uma das vítimas. A criança passou mal no dia 6 de março de 2017, após comer um biscoito dado pela agricultora e morreu no dia 10, no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. “Vânia deu o biscoito envenenado a irmã de Letícia que achou o sabor ruim e entregou o alimento a Letícia, que depois veio a falecer”, detalhou o policial.
Samuel Alexandre da Silva, de 6 anos, faleceu no dia 25 de fevereiro de 2017, no Hospital Público de Itabaiana. De acordo com a Polícia Civil, Vânia Maria doou alimento envenenado a Samuel, no dia do aniversário dele.
Outra vítima foi Ana Gabriele Evangelista da Silva, 9 anos, que morreu no dia 19 de fevereiro de 2017, também no hospital de Itabaiana. A agricultora era amiga das famílias das crianças mortas.
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