Publicado em: 26 maio 2014
Após Greve, Sindicato denuncia ENERGISA por perseguição e demissão na Paraíba
NOTA DE REPUDIO: PRÁTICA ANTISSINDICAL DA ENERGISA
Vimos tornar público, através dessa nota, o nosso repúdio ao comportamento antissindical da empresa ENERGISA. Na última sexta-feira, 23 de maio, o STIUPB recebeu a notícia da demissão do companheiroDRÁUZIO MACEDO, dirigente sindical de nossa entidade e membro do Conselho Fiscal da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), bem como membro da comissão da PLR 2014, eleita em assembleia geral dos trabalhadores no início do mês quando do movimento paredista realizado na empresa. Repudiamos também as punições aplicadas pela Diretoria da ENERGISA contra os companheiros ALDERIVAM FERREIRA e LUCIANO ARAUJO.
No início do mês os trabalhadores da Energisa entraram em greve exigindo da empresa uma PLR digna pelo trabalho realizado. É da ciência de toda a sociedade paraibana que a Energisa é uma das empresas que mais crescem no setor eletricitário do país. Não à toa, fez um aporte financeiro de R$1,2 bilhão para a compra do Grupo Rede, do Centro-Oeste, no final do ano passado. Somente neste ano, a Energisa já obteve um lucro calculado em R$168,9 milhões de reais. Enquanto isso, os seus trabalhadores recebem o menor salário da categoria eletricitária no Brasil, ficando abaixo inclusive do piso recebido pelos trabalhadores do comércio e da construção civil no Estado. Em troca, metas inalcançáveis e um assédio moral que comprometem profundamente a saúde dos seus funcionários é a prática diária da empresa.
Engana-se a empresa em pensar que com esta demissão e as suspensões de diretores do STIUPB ela irá calar a voz dessa categoria. Vemos em todo o país as fortes mobilizações e greves travadas pelos trabalhadores de diversos ramos da economia que enfrentam os patrões e as direções pelegas dos sindicatos.
O companheiro Dráuzio é um dos mais de 2.000 trabalhadores da Energisa que não se curvou aos desmandos da empresa e ousou lutar contra a exploração, tendo a ousadia inclusive de organizar a luta no seu local de trabalho indo contra a omissão de seu sindicato.
Vale destacar que, na manhã do dia 22, a comissão da PLR 2014 estava reunida com a empresa e, num ato tresloucado, a Energisa demite um legítimo representante dos trabalhadores. Este ato não ficará impune! A mesma categoria que ousa lutar contra a exploração da empresa saberá responder essa tentativa de intimidação à categoria em luta.
REPUDIAMOS veementemente a ATITUDE ANTISSINDICAL DA ENERGISA que não irá calar a voz, nem tampouco diminuir a altivez dessa categoria que deu uma demonstração autêntica de sua força, realizando uma das maiores GREVES dos últimos 15 anos. A empresa deveria, ao invés de suspender direitos e demitir lideranças, responder as reivindicações dos seus mais de 2.000 funcionários que entraram em GREVE unicamente para exigir um valor justo na Participação nos Lucros e Resultados da empresa.
Portal do Litoral PB
Com FolhaDoSertao
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