Eleitores vão às redes sociais pedir ‘festa de despedida’ de Dilma e Alckmin
Já não é novidade que as redes sociais podem ser ferramentas políticas. Durante as manifestações de 2013, elas serviram tanto para convocar as passeatas quanto para deixar evidente a frustração dos brasileiros com aqueles que o representam na política. Agora, a quatro meses das eleições presidenciais, recomeça nas redes a onda de críticas aos políticos, mas com uma diferença: como os partidos arregimentam verdadeiros exércitos para atacar os adversários on-line, é difícil saber até que ponto uma postagem é manifestação espontânea de um cidadãos descontente ou representam mais uma tática de guerrilha partidária.
O convite para uma “festa de despedida” se tornou o mais bem sucedido desabafo político dos últimos meses nas redes sociais. O empresário Felipe Varejão, de 30 anos, foi o criador da página “Festa de despedida da Dilma”, que acumula mais de 350.000 adesões em pouco mais de duas semanas. Na brincadeira, o título de eleitor é o convite — basta apresentá-lo numa zona eleitoral.
Segundo Varejão, a festa-protesto na rede social foi criada depois que um de seus funcionários foi ofendido por tentar defender o embarque de um deficiente físico em uma lotação, na Zona Sul de São Paulo. “O cobrador e o motorista se recusaram a ajudar a pessoa. Do que adianta fazer greve se eles não fazem sua parte”, indaga o empresário em alusão à paralisação de motoristas e cobradores que parou a cidade de São Paulo nesta semana.
“A revolta é cotidiana, todo dia tenho problemas.” O principal deles, segundo Varejão, é a pesada carga tributária que incide sobre seu ramo de atuação, marketing de comércio eletrônico. “O governo é meu sócio e só prejudica, é corrupto e tenta suborno a todo custo”, diz Varejão.
Como talvez fosse inevitável, uma resposta à página anti-Dilma logo surgiu no Facebook. A página “Festa de Despedida do Alckmin” foi criada nesta sexta-feira e obteve em 24 horas cerca de 18.000 adesões. O protesto contra o tucano é de autoria de Ta Lopes, em cuja página na rede social há fotos de sua participação no Diretório Municipal do PT, em São Paulo. Varejão alega não ter vinculação com partidos. “Sou avesso a essa ideia”, diz.
Portal do Litoral PB
Com Veja
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