Servidoras da Emlur têm dia de atividades de orientação sobre câncer de mama
As servidoras da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) têm um dia de atividades de orientação sobre o câncer de mama. Nesta quinta-feira (20), está sendo realizado o Dia D de serviços, em alusão à campanha Outubro Rosa. A programação conta com consulta médica, e realização do exame de toque; atendimento odontológico, psicológico, social, jurídico e nutricional pela manhã e à tarde.
As participantes ainda assistem a palestras de orientação sobre a prevenção ao câncer de mama e saúde íntima da mulher, e recebem serviços de saúde como aferição de sinais vitais, testes rápidos e aplicação de vacinas. Quanto ao quesito lazer e beleza, são realizadas massagens, auriculoterapia, limpeza de pele e esmalteria.
O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, destaca o cuidado com as servidoras da Autarquia, não somente durante a campanha, mas em todo o ano. “Nós nos preocupamos com nossas colaboradoras e por isso sempre fazemos eventos de alerta aos cuidados com a saúde. Proporcionamos um atendimento fixo, na Emlur, de clínica médica, odontologia, nutrição e psicologia”.
A agente de limpeza Flora da Silva adorou o evento. Ela aproveitou a manhã de folga de seu posto de trabalho, no Mercado de Oitizeiro, para fazer a consulta médica, ocasião em que foi feito o exame de toque das mamas. “Deu tudo certo, graças a Deus. Além da consulta eu assisti à palestra, fiz limpeza de pele e a auriculoterapia”, conta animada.
Câncer vencido – O dia começou com a entrega do laço rosa da campanha e com a exposição de um mural com imagens e relatos de servidoras da Emlur que venceram o câncer de mama. Uma delas é Josenilda Alves, conhecida por Jô, que tem uma história de superação. Em sua família, há histórico de casos de câncer. Ela perdeu a mãe e o avô para a doença. Por conta disso, sempre teve muito cuidado com sua saúde. Oito meses após ter feito uma mamografia, percebeu um nódulo na mama, ao realizar o autoexame.
Ela procurou a ginecologista, que a encaminhou no mesmo dia a uma mastologista. Fez novos exames e começou quimioterapia imediatamente. “Foi difícil receber o diagnóstico. Quando meu cabelo caiu, eu tinha dificuldade de me olhar no espelho, achava que ia morrer. Mas eu me apeguei à fé. Com a fé, a gente se recupera, se renova. O padre me disse para eu ter fé, que eu ia ser curada. Eu voltava da igreja renovada”.
Durante a quimioterapia, Jô não teve reações adversas ao tratamento e trabalhou a maior parte do período, com exceção de quando teve chikungunya. Ela contou com o apoio da família, sempre unida em oração, e de seus colegas de trabalho. “Eu vinha trabalhar com um lenço na cabeça. Fui muito acolhida por todos e tratada como se não tivesse nada, para tentar ter uma vida normal.”, comenta.
Após a cirurgia, ela teria de se ausentar do trabalho por seis meses, mas teve sintomas de depressão e pediu para voltar. “Eu poderia ter me aposentado, mas eu não quis”. Hoje, quando retorna aos seus exames de rotina e vê pacientes em tratamento, ela oferece seu apoio. “Eu tento levantar o astral da pessoa para motivar e evitar que ela decaia. Mostro até minha foto no período. Deus me deu a vitória e eu conto para todo mundo”.
Encaminhamentos – Segundo a coordenadora da Divisão de Medicina do Trabalho da Emlur, Marianna Miranda, todas as servidoras que passam pela consulta médica são encaminhadas para fazer o exame de mamografia na rede municipal de saúde.
“É importante levarmos essa mensagem de autocuidado a todas as mulheres que compõem a Emlur. Queremos estimular um estilo de vida mais saudável, de forma a prevenir doenças e, se não for possível, proporcionar o recebimento de um diagnóstico precoce para que o tratamento seja mais eficaz”, afirma Marianna Miranda.
Psicossocial – A coordenadora do setor Psicossocial da Emlur, Shenia Ramalho, destaca a importância de uma rede de apoio familiar e de amigos para a paciente com câncer. “Caso a família e os amigos não saibam como lidar com a situação, procurar ajuda especializada faz toda a diferença tanto para a paciente quanto para aqueles que estão inseridos em seu convívio”.
Segundo ela, o acompanhamento psicológico vai reduzir os sintomas emocionais e físicos causados pelo câncer e seus tratamentos, e levar a paciente a compreender o significado da experiência do adoecer, possibilitando assim ressignificações do processo. O setor Psicossocial está aberto ao atendimento de todos os servidores da Emlur.
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