Publicado em: 16 maio 2014

Policiais Militares da Paraíba marcam protesto e podem declarar greve

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As entidades representativas da polícia e dos Bombeiros Militares da Paraíba realizaram, ontem à noite, uma reunião para discutir a situação salarial da categoria e também reivindicações feitas ao governo do Estado para melhorar o trabalho dos profissionais. Conforme informações do presidente do Clube de Oficiais da Paraíba, coronel Francisco de Assis, ficou decidido que no próximo dia 22 será realizada uma vigília em frente ao Palácio da Redenção, em João Pessoa, das 10h às 18h. Já no dia 29 deste mês será realizada uma assembleia geral da categoria que poderá votar por um indicativo de greve.

A reunião aconteceu no auditório da Caixa Beneficente dos Oficiais e Praças, em João Pessoa.

“Fizemos uma pauta de reivindicação que foi encaminhada ao governo do Estado, mas infelizmente continuamos sem resposta. Na reunião com os companheiros da polícia e bombeiros definimos o nosso processo de mobilização em busca de melhorias”, disse o Coronel Francisco de Assis.

Ontem, após três dias de braços cruzados, terminou a greve da Polícia Militar (PM) e Bombeiros de Pernambuco. A decisão foi tomada à noite, depois de assembleia dos PMs, na área central do Recife. A paralisação começou na última terça-feira e, nas últimas 48 horas, a população pernambucana viveu um verdadeiro clima de guerra, com tanques do Exército circulando nas ruas da Região Metropolitana do Recife. Com o fim da greve, os policiais ficaram de voltar ao trabalho na noite de ontem.

A violência que atingiu Pernambuco causou pânico também entre moradores da cidade paraibana de Pedras de Fogo, localizada a 42 quilômetros de João Pessoa. Ontem, o comércio do município não funcionou. Diversos estabelecimentos permaneceram o dia com as portas fechadas e até uma feira livre, que ocorre tradicionalmente na cidade, foi encerrada antes do horário normal.

O topógrafo Rodrigo Souza da Silva viajou na manhã de ontem para o município pernambucano de Goiana e ficou assustado com os atos de violência praticados no local. “Fizeram saques, arrombaram lojas grandes e ainda ocorreu um homicídio. Um comerciante foi morto. Não se via Polícia Militar nas ruas. Só a Polícia Civil que começou a intervir. Comércio, banco, lojas, tudo ficou fechado, por causa do medo de arrombamentos. Até no escritório da minha empresa, as pessoas estavam trabalhando trancadas e sem poder abrir a porta”, relatou.

Segundo o comandante do Pelotão da Polícia Militar de Pedras de Fogo, tenente Tomaz Carvalho, os comerciantes ficaram assustados por um boato espalhado por meio de redes sociais.

“Foi divulgada a informação de que ocorreriam saques na cidade de Itambé, que é vizinha de Pedras de Fogo. E, por conta disso, ocorreriam saques também em Pedras de Fogo. Isso espalhou pânico entre os comerciantes, que fecharam as portas”, disse o oficial.

Para reforçar a segurança do município, a Polícia Militar enviou a Pedras de Fogo cerca de 45 militares. Somando com os 15 policiais que já estão lotados na cidade, subiu para 60 o total de pessoas que serão mobilizadas para evitar casos de violência na área. “A polícia está nas ruas e a população pode ficar tranquila porque estamos preparados para reprimir qualquer tentativa de transferir essa violência de Pernambuco para Pedras de Fogo”, disse o tenente. (Colaborou Luzia Santos)




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