Depois de duas semanas sem distribuir vacinas, a Fiocruz informou que volta a distribuir nesta terça-feira (14) novos lotes da Oxford-AstraZeneca, totalizando 1,7 milhão doses.
Com a entrega, a Fiocruz totaliza 93,6 milhões de doses de vacinas entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde o início da produção.
A distribuição desta terça ocorre em duas remessas: uma com 50 mil doses diretamente para o Estado do Rio de Janeiro e outra para o almoxarifado designado pelo Ministério da Saúde, para distribuição aos demais estados. Não há data confirmada para chegada aos postos de saúde.
Estão previstas mais entregas da vacina no decorrer da semana, segundo a Fiocruz. A quantidade e as datas serão divulgadas após a conclusão das análises do controle de qualidade.
As vacinas entregues esta semana passaram pela manhã pela última etapa da produção: a de controle de qualidade, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Interrupção
A Fiocruz ficou duas semanas sem distribuir as vacinas. A produção das doses da Oxford-AstraZeneca parou por falta de matéria-prima. O ingrediente farmacêutico ativo (IFA) vem da China e não chegou no prazo esperado.
“Enquanto a Fundação Oswaldo Cruz não tiver a sua produção de IFA inteiramente aqui no Brasil, nós vamos continuar dependendo das entregas que a AstraZeneca realizar de IFA aqui no Brasil, que será então ser envasado. Houve um atraso na entrega do IFA brasileiro pela Fiocruz, porém nós ainda temos que discutir quantidades, porque a capacidade de produção tanto do Butantan quanto da Fiocruz ainda será insuficiente para suprir as necessidade de um país de 210 milhões de brasileiros (…) Faltam políticas públicas para produção da quantidade de vacinas que nós precisamos ter no Brasil”, diz o médico sanitarista Gonzalo Vecina.
9 estados chegaram a ficar sem 2ª dose
De acordo com a nota da Fiocruz, a quantidade de vacinas já entregues e a previsão para este mês de 15 milhões de doses não indicam escassez de vacinas para a aplicação da segunda dose.
No entanto, pelo menos nove estados brasileiros chegaram a relatar falta da AstraZeneca para a segunda dose, em alguns municípios: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco e Maranhão.
Rio e São Paulo chegaram a aplicar a Pfizer para suprir a segunda dose do imunizante da Fiocruz.