Dançar forró e comer milho fazem bem ao coração, diz cardiologista Valério Vasconcelos
Tradicionais em todo o Brasil, mas especialmente na região Nordeste, as festas juninas fazem parte da cultura e do patrimônio afetivo dos paraibanos. O que muitos ignoram, no entanto, é que algumas práticas, como dançar forró e comer milho, também fazem bem ao coração.
“Dançar eleva a autoestima, ajuda a ampliar o círculo de amizades e alivia a tensão do dia a dia, mas essa modalidade de exercícios pode ir ainda mais longe. Ao dar passos pelo salão, as duplas também cuidam do coração e controlam a pressão arterial”, afirma o cardiologista Valério Vasconcelos.
De modo geral, a dança eleva a frequência cardíaca e atua na musculatura esquelética e nas articulações, ou seja, é uma boa aliada para manter a saúde, pois proporciona um grande gasto calórico e benefícios do ponto de vista motivacional.
Dançar pelo menos três vezes na semana, diz o especialista, tem o mesmo efeito das outras atividades aeróbicas. “Meia hora de dança tem efeito benéfico equivalente ao mesmo tempo de corrida ou pedalada. Quando se mede a pressão arterial da pessoa logo após a dança, é notada uma baixa imediata”, reforça Valério Vasconcelos.
O cardiologista explica que o forró por ser considerado um ritmo que movimenta bem o corpo. “É utilizado frequentemente para incentivar de forma otimista os idosos a praticar atividades físicas. Há uma melhora da capacidade cardiorrespiratória, sobretudo quando praticada com regularidade”. No livro “O coração gosta de coisas boas”, o médico também esclarece que a música associada a exercícios demonstra grande benefício para a saúde.
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Se os efeitos benéficos do arrasta-pé estão comprovados quando se fala em saúde (mesmo que em tempos de pandemia de covid-19 o ato só possa ser praticado em casa), consumir milho também é um costume a ser mantido.
Sobre os benefícios do milho, o cardiologista Valério Vasconcelos destaca que o grão possui vitaminas A, B1, C e magnésio. O médico ressalta a importância da vitamina B1. “Ela é responsável pelo metabolismo, por quebrar mais gorduras no organismo e gerar mais energia. A B1 também é muito importante para o bom desenvolvimento do sistema nervoso”.
Agora, quando o consumo se estende a pratos típicos do período junino, como canjica e pamonha, é necessário cautela. Uma espiga de milho possui entre 100 e 120 calorias, mas quando associada a manteiga, leite, nata ou outros produtos, esse valor aumenta. Uma pamonha pequena, por exemplo, tem cerca de 250 calorias.
“As pessoas não devem exagerar no consumo desses pratos, devido ao excesso de açúcar e por serem comidas muito calóricas. Não há como negar que a canjica é um dos pratos que fazem mais sucesso na festa junina, porém é muito calórica. Evitem o excesso e procurem orientação de um nutricionista!”, orienta o cardiologista Valério Vasconcelos.
Além disso, para quem tem problemas no coração, o especialista faz outro alerta para esse período junino. “Os cardiopatas também devem tomar a medicação no horário correto e evitar o excesso de bebidas alcoólicas bem como de frituras e de comidas gordurosas. Importante: também é preciso evitar exageros no consumo de carboidratos”.
Assessoria
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