Publicado em: 9 dez 2020

Fragmento de bala de fuzil é achado no corpo de uma das primas mortas

A Polícia Civil do Rio informou nesta quarta-feira (9) que encontrou um fragmento de uma bala de fuzil no corpo de uma das meninas mortas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

As primas Emilly, de 4 anos, e Rebeca, de 7 anos , foram atingidas quando brincavam na porta de casa na comunidade Santo Antônio.

Peritos vão analisar o material para fazer um confronto balístico (que identifica de que arma saiu a bala) com as armas usadas pelos policiais militares do 15º BPM, na noite de sexta-feira (4). As armas – 5 pistolas e 5 fuzis – foram apreendidas pela Polícia Civil.

As mães e avó das meninas prestaram depoimento na tarde de terça (8) na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em Belford Roxo.

“No momento do crime eu desci do ônibus, entrei na minha rua, vi a blazer parada atirando para a minha rua e aí que fui de novo olhar, eu eu vi a Emilly. ‘Gente, era a Emilly mesmo’. E a minha neta estava lá no chão. Infelizmente perdi as duas meninas”, disse Lídia Silva dos Santos, avó de uma das crianças.

A família foi até a delegacia acompanhada da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

Segundo o advogado de defesa da família, Rodrigo Mondego, as testemunhas viram o momento que os disparos foram feitos de um carro da Polícia Militar.

“Todas as testemunhas são categóricas em dizer: o tiro partiu da viatura da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro que estava na esquina, cerca de 50 metros de onde estavam as meninas”, afirmou Mondego.

O que diz a PM

Na segunda-feira (7), a Polícia Militar afirmou que seria “leviano” acusar os policiais pelos disparos que mataram as meninas em Duque de Caxias antes das investigações. A porta-voz da corporação reafirmou que não havia operação na comunidade no dia do crime.

Segundo a PM, os agentes contaram em depoimento na DHBF que foram chamados para um caso de furto de veículo na região e que ficaram na esquina esperando que o carro em questão saísse da comunidade. Como isso não aconteceu, eles saíram do local.

No depoimento, os agentes afirmam que não atiraram.

G1




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