Publicado em: 1 dez 2020

Goleiro agradece Atlético e fala sobre futuro: “Temos que sair de um clube e ir para outro porque nossa realidade é outra”

O gosto amargo da desclassificação na última rodada da fase de Grupos da Série D do Campeonato Brasileiro persiste no Atlético de Cajazeiras, que precisava de apenas um empate, mas foi derrotado pelo Globo-RN por 3 a 0 e acabou deixando a competição.

O fim da trajetória da equipe sertaneja no torneio também significa o início do período de incertezas não só para os torcedores e clube, mas principalmente para jogadores e empregados, que encerram o vínculo e acabam ficando sem o que geralmente é sua única fonte de renda: o futebol.

Goleiro do Trovão em toda temporada e titular em quatro partidas da quarta divisão, Gabriel Batista, em entrevista ao Voz da Torcida, destacou a luta da equipe apesar do insucesso, a se mostrou grato pela oportunidade de vestir a camisa de um dos clubes mais tradicionais do futebol do estado.

– Quero agradecer o torcedor do Atlético, todo povo da Paraíba pelo ano. Foi um ano atípico, difícil, infelizmente não foi o que o Atlético queria, que era a classificação. Caímos de pé, lutando até a última rodada. Sabemos das dificuldades que os times tem no Sertão. O Atlético, em alguns momentos decisivos, certas decisões da arbitragem pesam para times que tem mais tradição na competição. Caímos lutando, pudemos honrar a camisa do Atlético – disse.

Em Cajazeiras, o arqueiro foi dirigido por dois treinadores, Ederson Araújo e Celso Teixeira, além de Oliveira Canindé, que comandou o time no jogo da eliminação, mas que não teve tempo de criar um contato mais próximo com o grupo de jogadores. Aos dois primeiros, Gabriel Batista teceu elogios e aproveitou para desejar que o Atlético-PB seja figura frequente no Campeonato Brasileiro, que voltou a disputar esse ano após um intervalo de treze temporadas.

– Agradeço ao professor Celso Teixeira e o professor Ederson Araújo, cada um com sua característica, deu sua contribuição. Espero que nos próximos anos o Atlético volte a participar da competição para aumentar as chances de poder subir – afirmou.

Por fim, o jogador falou sobre seu futuro. Com 25 anos, Ele não sabe onde seguirá sua carreira. Aberto a permanecer em Cajazeiras, ele também não descarta outros ares por simplesmente não poder esperar. No mundo periférico da bola, em que os salários e holofotes estão muito longe da elite do futebol, escolher o emprego pode ser um luxo. Por isso, ele espera rapidamente decidir seu próximo destino para seguir sua jornada no mundo da bola.

– Encerrei minha passagem. Foram onze meses abençoados. Pude dar um pouco da minha contribuição dentro de campo. Sei que minha posição é muito difícil, mas dei minha parcela. Agora estamos abertos no mercado para alguma nova situação. Não tenho nada ainda, mas espero uma nova oportunidade de trabalho. Nós que trabalhamos nos mercados mais inferiores, digo que não temos férias, temos que sair de um clube e ir para outro, porque nossa realidade é outra. Espero outra oportunidade, se não aqui no Atlético, em outro clube. Fica minha gratidão e meu eterno sentimento para todos da Paraíba, à torcida do Atlético e à diretoria – encerrou.

 

Voz da Torcida




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