Momento Agevisa destaca relações e distinções entre Tuberculose e Covid-19 e defende ações preventivas
Na próxima terça-feira (17) o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate à Tuberculose – doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e/ou sistemas do corpo humano. Anualmente, segundo o Ministério da Saúde, a tuberculose atinge cerca de dez milhões de pessoas no mundo, levando mais de um milhão de pacientes a óbito. A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
Neste ano de 2020, os debates sobre a tuberculose seguem em paralelo com as discussões sobre a Covid-19, doença ocasionada pelo novo coronavírus que atinge igualmente o sistema respiratório humano e que nos últimos meses já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, sendo mais de 160 mil somente no território brasileiro. O assunto foi destaque na edição desta quinta-feira (12) do informativo Momento Agevisa, que vai ao ar dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e FM-105.5).
Formas distintas de contágio – Apesar de as duas doenças se transmitirem pelo ar, as formas de contágio são distintas. A tuberculose é transmitida por aerossóis (com as bactérias permanecendo suspensas no ar até serem inaladas por uma pessoa sadia, atingindo seus pulmões e iniciando o processo de infecção). A Covid-19, por sua vez, é transmitida através de gotículas mais pesadas que o ar, as quais, quando expelidas pela pessoa infectada, permanecem em superfícies e objetos até serem tocadas e levadas ao organismo sadio por meio de contatos das mãos infectadas com os olhos, nariz e boca.
A diferença básica entre as duas doenças (quanto às formas de contágio) está em que o contato físico, o aperto de mão, o abraço e o beijo não são apontados como transmissores da tuberculose, diferente da Covid-19, contra a qual recomenda-se evitar o contato físico entre pessoas e a higienização imediata das mãos após contatos com superfícies ou objetos.
Prevenção – Alguns procedimentos preventivos são comuns tanto para a tuberculose quanto para a Covid-19, por diminuírem a carga viral e de bactérias no ambiente. Dentre eles, o Momento Agevisa destacou a higiene da tosse (ou seja, do ato de cobrir a boca com a parte interna do braço sempre que tossir); a manutenção de ambientes limpos, arejados e ventilados; o cuidado para evitar aglomerações; a constante higienização das mãos com água e sabão ou com álcool a 70% (líquido ou em gel), e a utilização de máscaras de proteção respiratória (cirúrgicas ou de tecido/caseiras).
Tratamento continuado – Ainda no informativo radiofônico desta quinta-feira (12), a Agevisa/PB ressaltou que, tal como ocorre em relação a todas as demais doenças (os vários tipos de cânceres, por exemplo), é fundamental que as pessoas com tuberculose se mantenham em tratamento médico regular mesmo diante da ameaça do coronavírus. Nestes casos, é importante redobrar os cuidados protocolares de prevenção à Covid-19, assim como somente ir ao serviço de saúde (mediante agendamento prévio) para realização de consultas médicas ou para retirada de medicamentos.
Em face dos riscos relacionados à Covid-19, os serviços de saúde da rede de atenção à tuberculose foram orientados pelo Ministério da Saúde a viabilizar a menor exposição possível dos pacientes, priorizando, para isso, a estratégia de realização do Tratamento Diretamente Observado à distância e a flexibilização da dispensação dos medicamentos.
Grupos de risco – Sobre a situação dos pacientes com tuberculose em relação à ameaça do coronavírus, a Agevisa/PB destacou alerta do Ministério da Saúde segundo o qual tais pessoas integram o grupo de risco para a forma grave da Covid-19, por ser a tuberculose uma doença que também afeta diretamente e prioritariamente os pulmões.
Quanto à possibilidade de uma pessoa ser acometida pela tuberculose e pela Covid-19 ao mesmo tempo, a agência reguladora paraibana também destacou informação do Ministério da Saúde de que ela é real por se tratarem (a tuberculose e a Covid-19) de duas infecções distintas, a primeira causada por uma bactéria e a segunda por um vírus.
Estes e outros assuntos estão disponíveis no endereço agevisa.pb.gov.br/servicos/audios.
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