Agevisa encerra participação no Outubro Rosa 2020 defendendo cuidados para além do câncer de mama
Encerrando a participação na campanha Outubro Rosa 2020, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba ressaltou a importância dos cuidados preventivos para além do câncer de mama e enfocou os perigos relacionados ao câncer de colo do útero, doença causada, conforme o Instituto Nacional do Câncer, pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
Presente na campanha Outubro Rosa em face da sua missão de promover e proteger a saúde humana por meio da regulação sanitária e de ações educativas destinadas a orientar e estimular a população quanto aos cuidados que devem ser tomados em benefício da saúde pessoal e coletiva, a Agevisa dedicou a edição do informativo Momento Agevisa de quinta-feira, 29 (disponível em agevisa.pb.gov.br/servicos/audios) ao tema e salientou que as alterações celulares causadoras desse tipo de câncer são facilmente descobertas através do exame preventivo conhecido como Papanicolau, sendo curáveis na quase totalidade dos casos.
Reconhecido como terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (ficando atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal), o câncer do colo do útero é apontado como a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Seus riscos são aumentados por fatores como início precoce da atividade sexual associada a múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Formas de contágio – A prevenção do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. O principal meio de transmissão da infecção ocorre por via sexual, por isso o uso de preservativos é um importante meio de proteção parcial da doença, mas não descarta a exigência da vacina tetravalente para meninas com idade de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, assim como da realização do exame preventivo Papanicolau.
Doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial, o câncer do colo do útero pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou posterior à relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura são de até 100%. Segundo o Inca, a detecção pode ser feita a partir da investigação (por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos) de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas que pertençam a grupos com maior chance de ter a doença.
Exame Papanicolau – O exame preventivo Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões e fazer o diagnóstico precoce, é indolor e pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que disponham de profissionais capacitados. Sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença.
Para garantir um resultado correto, a mulher deve tomar cuidados especiais como: não ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior e evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante ainda que ela não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou para a saúde do bebê.
De acordo com o Inca, toda mulher que tenha ou que já teve vida sexual e que esteja entre 25 e 64 anos de idade deve fazer o Papanicolau. O exame pode ser realizado a cada três anos, e, para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, a repetição só será necessária após três anos. Após o exame (que deve ser imediatamente apresentado ao médico), se for confirmada a presença de lesão precursora, esta poderá ser tratada em nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.
Tipos de tratamento – Cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico, e na hipótese de confirmação do câncer do colo do útero, a doença pode ser tratada por meio de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução do câncer, tamanho do tumor e fatores pessoais como idade da paciente e desejo de ter filhos.
Conforme enfatizou a diretora-geral da Agevisa/PB, Jória Viana Guerreiro. “tanto em relação ao câncer do colo do útero, ao câncer de mama ou a qualquer outro tema relacionado com a saúde feminina, assim como com a saúde masculina, considerando que o câncer de mama afeta também os homens, o ideal é que se adote o costume da saúde preventiva, do cuidado permanente com o próprio corpo, para evitar que doenças evitáveis possam comprometer o bem-estar e a própria vida, deixando sequelas ou provocando morte prematura”.
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