Governador deverá exonerar todos os ocupantes de cargos comissionados com um só canetada
O governador Ricardo Coutinho (PSB) deverá dar uma canetada e exonerar todos os ocupantes de cargos comissionados na estrutura administrativa do Estado na próxima segunda-feira, precipitando uma ampla reforma administrativa no governo.
A canetada deverá atingir mais de seis mil auxiliares de todos os escalões do governo.
Esperava-se que o governo promovesse mudanças apenas nos cargos de secretários que pretendem disputar a eleição e naqueles ocupados por seguidores do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que rompeu a aliança com o PSB e está se lançando candidato a governador.
Ao optar pela exoneração de todos os comissionados, o governador Ricardo Coutinho imagina escapar do desgaste de fazer demissões pontuais de auxiliares filiados ao PSDB ou de partidos que vão acompanhar o senador Cássio Cunha Lima.
Além disso, as exonerações em massa abrem a possibilidade de o governador promover uma ampla reforma em sua equipe e abrir vagas no governo para novos aliados políticos.
Não se sabe ainda como o governo vai fazer para que as ações administrativas não sofram prejuízos com a exoneração de secretários, assessores e diretores de órgãos públicos. É provável que no ato de exoneração o governador estabeleça que os demitidos respondam pelas funções até a nomeação de substitutos.
Informa-se no governo que grande parte dos atuais ocupantes de cargos vai permanecer em suas funções, o que não geraria solução de continuidade para as ações governamentais.
Por outro lado, tem-se a informação de que pelo menos dois mil cargos sofreriam mudanças. Neste caso, existe, sim, a possibilidade de demora na substituição e o risco de prejuízos às ações administrativas.
De qualquer forma, se o governador Ricardo Coutinho efetivamente fizer a exoneração em massa dos ocupantes de cargos públicos estará criando um fato político de repercussão no atual cenário político. Resta saber se positivo ou se o tiro acabará saindo pela culatra. Vai depender coordenação política dos fatos.
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