Profissional do HUAC que contraiu a covid-19 fala sobre a doença e a assistência recebida
“Desde que iniciou a pandemia do COVID-19, tinha muito receio de me infectar e complicar. Tomava todas as precauções necessárias durante a execução das minhas atividades, tanto dentro da nossa instituição como fora. Mas, apesar de tudo, no dia 20 de maio, apresentei uma pequena elevação da temperatura associada a dor no corpo. Essa condição se repetiu no dia seguinte. No dia 22 de maio, observei que estava apresentando um desconforto respiratório a pequenos esforços realizados e me preocupei. Fui atendida no HU e foi solicitado exames laboratoriais, RT-PCR e uma tomografia computadorizada, que sugeriu pela imagem uma pneumonia com aspecto de ‘vidro fosco’. Como estava estável fiquei em isolamento em casa, mas medicada. Infelizmente, o meu desconforto respiratório foi piorando e oito dias depois do meu diagnóstico precisei ser internada para um melhor acompanhamento. Ansiosa, preocupada, fui encaminhada para a enfermaria, e, desde a minha admissão, percebi o carinho e cuidado de cada profissional ali presente. A cada passagem de plantão, observava nos pequenos gestos a eficiência e humanização de uma equipe que faz a diferença com o seu trabalho. Foram inúmeros recadinhos, atitudes e, acima de tudo, orações. Não tinha a dimensão da assistência ali prestada até vivenciar na pele a necessidade da mesma. Recebi alta alguns dias depois e até na minha saída essa equipe espetacular me fez sentir especial e vitoriosa. Que Deus possa continuar abençoando e livrando cada um que está lá na linha de frente, que dedicam todas as suas habilidades e competências para mitigar o sofrimento daqueles que buscam a nossa assistência. Obrigada, amigos.”
Andreia Oliveira Barros Sousa
Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
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