“Em Família: Visando ‘acerto de contas’, Virgílio dá uma surra em Laerte
Passaram-se 20 anos desde que Laerte (Gabriel Braga Nunes) tentou matar o ex-amigo Virgílio (Humberto Martins), mas certas cicatrizes são ainda mais profundas do que a marca deixada no rosto da vítima.
Até agora, quase todos já se reencontraram, menos os dois rivais. Mas esse acerto de contas não vai demorar muito para acontecer, segundo o blog Telinha.
Laerte e Virgílio se encontram justamente no lugar onde a tragédia aconteceu: a casa de campo da família Fernandes, cenário da briga que quase acabou em morte.
Por coincidência, os dois resolvem ir ao mesmo lugar e ficam frente a frente depois de tantos anos. No meio da conversa, Laerte se refere a Helena (Júlia Lemmertz) como Leninha. É a deixa para Virgílio devolver as provocações do passado:
– Helena! Leninha é pra mim, pra você é Helena. Lembra quando você me dizia isso? Quando você me fazia repetir: “Helena, fala, repete: Helena”. Lembra? E eu repetia, obedecia. Me sentia pequeno diante de você. Limpava a sua piscina. Muitas vezes fazia o seu dever de escola pra você poder passear. Minha mãe lavava e passava a sua roupa. Minha irmã Neidinha acompanhava sua mãe no supermercado pra carregar as sacolas de compras. Lembra?
Laerte lembra que Virgílio e sua família eram pagos por tudo o que faziam. Mas o marido de Helena continua colocando pra fora toda a raiva acumulada por tantos anos:
– Pagavam por um trabalho e também pelo nosso silêncio. Não era assim que pensavam? Não era assim que agiam com todo mundo? Por isso ficaram tão indignados quando você foi algemado e arrancado do altar! Como é que desmoralizavam um filho rico da cidade só porque tinha enterrado vivo um empregado pobre da família?
A discussão esquenta cada vez mais, até que Virgílio perde a cabeça e parte pra cima de Laerte. Ele empurra o rapaz sobre o mesmo tronco que o derrubou no passado, e pra piorar, ameaça com uma espora (sim, o mesmo objeto que causou sua cicatriz 20 anos antes). Os dois saem no braço e Virgílio leva a melhor, deixando Laerte todo machucado. É o troco, finalmente, depois de tantos anos engolindo a raiva.
Confesso que estou ansiosa por essa cena, não por ser a favor de tanta violência, mas porque a passividade de Virgílio me incomoda um pouco. Está mais do que na hora de ele colocar pra fora tudo o que sente, ao invés de ficar posando de bonzinho e compreensivo o tempo todo, não acham?
Portal do Litoral PB
Com Blog dos Noveleiros
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