Free Fire em 2019: título mundial do Corinthians no Brasil, grande audiência e domínio no cenário
Principal jogo do ano no Brasil, o Free Fire foi de “mais um joguinho de celular” rumo a uma caminhada sem precedentes e que promete não ser interrompida nos próximos anos. Somente em 2019 o jogo foi o mais assistido do país, se tornou o mais baixado do ano em plataformas mobile e dominou o Prêmio eSports Brasil, sendo eleito o melhor jogo do ano e faturando outros oito prêmios com jogadores, casters, times e influenciadores do jogo. Foi nele também que o Corinthians se sagrou campeão mundial no Rio de Janeiro.
Corinthians levanta a taça de campeão do Mundial de Free Fire 2019 — Foto: Tuiki Borges
Domínio mobile, quebra de recordes e audiência que bate futebol
Ainda muito criticado pela comunidade “mais antiga” de esports no Brasil, o Free Fire terminou 2019 no topo de praticamente tudo que pôde participar. De acordo com a plataforma App Annie, especialista em estatísticas de downloads de aplicativos, o Battle Royale da Garena foi o jogo mobile mais baixado do ano e superou grandes franquias como PUBG Mobile e Call Of Duty Mobile, por exemplo.
A final do Mundial de Free Fire 2019 teve maior pico de espectadores simultâneos no YouTube Brasil — Foto: Tuiki Borges
No YouTube, principal plataforma de vídeos utilizada no Brasil, o jogo está presente em todas as posições do “top 3 lives” do YouTube Brasil. Com um pico de 1,2 milhão de espectadores simultâneos, o Mundial de Free Fire encabeça a lista, seguido da final da terceira (1.050 milhão) e da segunda (736 mil) temporada da Free Fire Pro League. As três competições bateram o jogo entre Corinthians e Racing pela Sul-Americana, que teve pico de 438 mil espectadores, e era top 1 até a realização dos torneios.
Entre os canais que mais cresceram em 2019 está o da LOUD, vice-campeã brasileira de Free Fire e que também participou do Mundial realiazado no Rio de Janeiro. A equipe criou o canal esse ano, no início de fevereiro, e já possui 4,09 milhões de inscritos. A organização, inclusive, teve um de seus vídeos listados no YouTube Rewind, espécie de retrospectiva feita pelo próprio YouTube que relembra vídeos e canais que tiveram sucesso mundo a fora.
Mundial no Rio de Janeiro e título em casa
Carlos “Fixa” levanta troféu do Mundial de Free Fire 2019 — Foto: Tuiki Borges
O Mundial de Free Fire em 2019 foi um marco e tanto. A vitória do Corinthians de viradaao longo das oito quedas escancarou o sucesso do jogo no mundo, mas principalmente no Brasil. O enorme público presente no Parque Olímpico do Rio de Janeiro representou os mais de um milhão de espectadores simultâneos que o torneio atingiu no YouTube – pico chegou a 1,2 milhão na segunda queda.
Com o título emocionante, a taça do Mundial nem chegou a sair do Brasil, muito menos o título de melhor jogador do mundo. Do Corinthians, Bruno “Nobru” Goes foi eleito o MVP da competição e manteve o título de melhor jogador do mundo de Free Fire em solo brasileiro – Ariano “Kronos” Ferreira, da GPS Veteranos, era o detentor do título.
Estreia com domínio no Prêmio eSports Brasil
NoBru foi o grande vencedor do Prêmio eSports Brasil 2019 — Foto: Pedro Nascimento
Os prêmios não pararam no Mundial da modalidade. Estreante no Prêmio eSports Brasil, evento que premia jogos, atletas e organizações pelo desempenho no ano, o Free Fire dominou a premiação. Juntando os títulos ganhos pelo jogo com os títulos obtidos por times, casters, jogadores, personalidades e influenciadores da modalidade foram, ao todo, nove troféus.
Campeão brasileiro, mundial e melhor jogador do mundo, Bruno “Nobru” do Corinthians levou a melhor em três categorias: Melhor Jogador de Free Fire, Atleta do Ano e Craque da Galera. Free Fire foi o escolhido o melhor jogo de eSports do ano e Corinthians (Melhor Organização), Camila “Camilota XP” (Personalidade do Ano), Lucio “Cerol” (Melhor Streamer), Ana Paula “Ana Xisdê” (Melhor Caster) e Samuel “Level Up 007” (Revelação do Ano) venceram suas respectivas categorias.
Entrada de grandes equipes
A participação de um clube de futebol nos esportes eletrônicos ainda não é prática recorrente. No início de outubro, próximo das finais da terceira temporada da Pro League de Free Fire, o Corinthians decidiu apostar no cenário em ascensão e adquiriu o elenco da então BdL (Bando de Loucos). O resultado todos conhecem: campeão brasileiro e mundial de Free Fire em 2019 e único clube brasileiro tradicional no futebol a ser campeão mundial em uma modalidade do esporte eletrônico.
FURIA entra no Free Fire — Foto: Reprodução/Twitter
Há algumas semanas foi a vez da FURIA Esports, organização que tem como investidores André Akkari, um dos maiores jogadores de pôquer do Brasil, e Cris Guedes, empresário amigo de Neymar, anunciar sua entrada na modalidade. A organização é bastante conhecida pelo desempenho internacional de sua lineup brasileira de CS:GO. Para 2020 Villian “Avengedx“, Joel Paulo “ImJouH“, Marcos Paulo “Solotov” e Ryan Felipe “Roff“, membros da antiga lineup da RyZe xCry, defenderão a FURIA.
Parceria com artistas dentro e fora de jogo
O sucesso do jogo foi tão grande que chamou a atenção de artistas nacionais já consagrados. Do meio para o final do ano, a Garena firmou parceria com o internacionalmente conhecido DJ Alok, jogador assíduo de Free Fire, que virou personagem dentro do Battle Royale mobile e foi o autor da música “Vale Vale”, tema do Mundial desse ano realizado no Rio de Janeiro.
Mais recentemente, Mano Brown e MC Jottapê, dirigidos por KondZilla, interpretaram “Zé Guaritinha”, uma música em relacionada ao Free Fire e que faz referência aos campers do jogo. A música também teve a participação do rapper Emicida, que foi quem compôs a letra junto de Felipe Junqueira, Samuel Ferrari e KondZilla.
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