Filhos da deputada Flordelis suspeitos de matar pastor devem ser transferidos para presídio nesta terça
Os dois filhos da deputada Flordelis suspeitos de matar o pastor Anderson do Carmo devem ser transferidos, nesta terça-feira (25), para uma unidade prisional do Rio de Janeiro.
Flávio dos Santos e Lucas dos Santos estão presos por suspeita de matar o pastor dentro de casa na madrugada de domingo (16). Segundo as investigações, Lucas comprou a arma usada no crime e, em depoimento, Flávio confessou ter atirado seis vezes no padrasto.
O advogado da família de Anderson disse que vai trazer à delegacia, para prestar depoimento, pessoas ligadas ao pastor.
“Ficou hoje (segunda-feira) aqui pactuado que os dois filhos serão transferidos daqui amanhã (terça-feira), pois eles estão em condições insalubres”, afirmou o advogado Anderson Rolemberg.
A defesa também garantiu que vai pedir a anulação da confissão feita pelo Flávio. De acordo com Rolemberg, o depoimento contém “vícios”. Para Rollemberg, Flávio pode ter sido coagido a assumir a autoria do crime.
Deputada presta depoimento por mais de 10 horas
Na segunda, a parlamentar passou mais de 10 horas prestando depoimento na Delegacia de Homicídios, em Niterói, sobre a morte do marido.
Além da deputada, outras 24 pessoas que frequentavam ou moravam na casa onde o pastor foi assassinado também prestaram depoimento. Os investigadores esperam ouvir algumas dessas pessoas novamente nesta terça.
A defesa da deputada disse que ela prestou depoimento na condição de testemunha, mas a polícia continua afirmando que todas as pessoas que estavam na casa na hora do crime estão sendo investigadas.
O crime
O pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros no domingo (16) dentro da casa em que morava com a mulher, a deputada Flordelis, e parte dos 55 filhos do casal – a maioria, adotada – em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
A Polícia Civil prendeu dois dos filhos da deputada – Flávio, filho biológico de Flordelis e que admitiu ter dado seis tiros no padrasto; e Lucas, que teria comprado a arma do crime.
Agora, os investigadores apuram a suspeita de que Flordelis e mais três filhas do casal também teriam participado do assassinato.
Dois dias após o crime, os policiais encontraram, dentro da casa da família, a arma usada para matar Anderson em cima de um armário, enrolada em um pano, além de um edredom com manchas de sangue e uma fogueira no quintal, com diversos objetos já carbonizados.
Os investigadores tentam descobrir se outras pessoas participaram do crime, além dos dois irmãos, e quais foram as motivações e as circunstâncias que levaram ao assassinato.
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