Publicado em: 20 fev 2014

Mulher estaria com bebê morto no útero há dois dias em maternidade de Patos

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O marido de uma paciente da maternidade Peregrino Filho, em Patos, fez um boletim de ocorrência na tarde desta quarta-feira (19) contra a unidade médica acusando-a de ainda não ter feito uma cirurgia para retirar um bebê que estaria morto dentro do útero de sua mulher.

O casal é do município de Juru, localizado na região de Patos, e a mulher estaria no sétimo mês de gestação. O marido da paciente, que pediu para não ser identificado, disse que faz dois dias que sua esposa aguarda na unidade médica, sem sentir dores ou dar sinais de que o bebê irá sair, através de um parto normal.

“Os médicos estão aplicando uma medicação para que o bebê saia naturalmente, mas minha esposa disse que não está sentindo dores e nem sinais de que vá entrar em trabalho de parto”, contou. Ele disse, ainda, que teme que algo aconteça com a mulher como uma infecção, por exemplo.

Ele justificou o fato de ter prestado queixa contra a maternidade para responsabilizá-la por qualquer coisa que venha a acontecer com sua mulher em decorrência da demora para remoção do feto morto.

Ele informou, ainda, que sua esposa tem 17 anos e que teria recebido atendimento na quinta-feira (13) em Juru, no hospital local. Ela teria sido diagnosticada com infecção urinária e depois medicada.

“No fim de semana, minha mulher começou a reclamar, dizendo que o bebê não estava mais mexendo. Foi aí que desconfiamos de que nosso filho poderia ter morrido”, contou. O marido contou ainda que ele levou a esposa de volta ao hospital do município de Juru e de lá o médico fez o encaminhamento para a maternidade de Patos.

Diretor diz que segue Ministério da Saúde

O diretor da Peregrino Filho, o obstetra Paulo Ataíde, informou que a paciente foi internada na unidade médica há 24 horas, ou seja, na tarde dessa terça-feira (18) e a maternidade está seguindo à risca o protocolo do Ministério da Saúde para estes casos.

Ele informou que a paciente foi medicada, com Misoprostol, um medicamento que induz ao aborto espontâneo. “Depois que a paciente é medicada se espera até 72 horas para que o próprio organismo expulse o feto e nesse caso não há nenhum risco para a paciente”, explicou.

Ele informou ainda que se não ocorrer o abortamento espontâneo, será feita a cirurgia na paciente. “O que a maternidade está fazendo é protegê-la em não se apressar e fazer uma cirurgia desnecessária, até porque ela não apresenta nenhum processo infeccioso”, completou.

Na opinião do diretor, o marido da paciente tomou uma atitude precipitada em procurar a Polícia Civil e fazer o boletim de ocorrência.

Portal do Litoral PB

Com  Portal Correio




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