Mortes em João Pessoa e Campina Grande motivam operação que prende 15 pessoas na PB
O sobrevivente de uma tentativa de homicídio em João Pessoa no domingo (9) foi preso na quarta-feira (12) suspeito de ter participado da morte de um adolescente em Campina Grande na terça-feira (11). O homem foi apresentado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (13), durante coletiva em que foi anunciado que mais três pessoas foram identificadas e estão sendo procuradas pelo crime contra o adolescente. Segundo a polícia, os homicídios estão relacionados e o segundo foi uma represália ao primeiro.
O delegado Antônio Lopes, da Delegacia de Homicídios, já tinha explicado que os crimes estão relacionados a brigas entre duas facções criminosas rivais do bairro do Pedregal, em Campina Grande. “Os jovens que foram assassinados em João Pessoa estariam ligados a uma destas facções e membros deste grupo teriam assassinado o adolescente”, disse Antônio Lopes.
Segundo o delegado Marcos Paulo, as duas facções são dominadas por grupos pequenos, mas muito violentos, que obrigavam outros moradores do bairro a esconder armas e abrigá-los à noite, dificultando que a polícia os localizasse.
Por conta disso, a polícia realizou uma grande operação no Pedregal na manhã desta quinta-feira (14). Ao todo, 14 pessoas foram detidas, sendo que 11 foram levadas para a delegacia para dar depoimento, uma adolescente foi apreendida por porte ilegal de munição e dois adultos foram presos por porte ilegal de munição e arma. Ao todo, os policiais entraram em mais de cem residências do bairro.
“Esta operação visou reestabelecer a tranquilidade no bairro e fazer com que os moradores do local se sentissem seguros novamente”, disse Marcos Paulo. Cerca de 100 policiais civis e 200 policiais militares atuaram na operação.
Os crimes
Um homem com uma pistola matou três pessoas em um bar na Ponta do Seixas, em João Pessoa, na manhã de domingo (9). O local tem câmeras de vigilância interna e as imagens ajudaram o trabalho de investigação da Polícia Civil. Já na terça-feira, o adolescente foi morto no bairro do Pedregal com mais de 19 tiros, sendo pelo menos 11 na cabeça. Segundo a delegada Maíra Roberta, o adolescente não era ligado a nenhum grupo, mas foi assassinado como forma de represália aos homicídios em João Pessoa.
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