João Pessoa ganha status de ‘caribe brasileiro’ pelo Estadão; confira
Catamarãs levam para mergulhos na água cristalina que se acumula entre os recifes. Em meia hora de navegação, você entende o por quê da região ter sido apelidada de ‘Caribe brasileiro’
Bruna Toni / TEXTO e Hélvio Romero / FOTO
Piscina natural do Seixas ainda é pouco explorada e uma dos roteiros mais bonitos de João Pessoa
A única coisa que nos cercava era uma imensidão de água morna e esverdeada, interrompida por manchas mescladas que indicavam as áreas com concentração de corais, onde se escondem pequenos peixes de tons diversos. Sob os pés, areia clara constituída por minúsculas conchas. O silêncio seria total, não fossem as conversas dos pouco mais de 15 turistas que nos acompanhavam no passeio cuja principal atração é o mergulho. O calor não permitia a ninguém ficar dentro do catamarã que nos levou pelo Atlântico. Nem o visual. Quem se arriscaria a perder a chance de explorar tudo que o chamado “Caribe brasileiro” tem a oferecer?
Mergulhar durante cerca de duas horas em uma das piscinas naturais menos exploradas da Paraíba já compensaria pela beleza natural e comércio local, formado por pescadores. Mas há um quê de especial ali que faz a pequena João Pessoa tornar-se referência. A oeste, a cerca de quinhentos metros de onde estamos, fica a famosa Ponta do Seixas, o extremo oriental das Américas, cuja a distância até a África (aproximadamente 3.800 quilômetros) é a menor possível para quem sai do continente. Se é abuso querer avistar terras africanas dali, o passeio do Seixas garante, no mínimo, a sensação de estar em uma das principais rotas do mundo. E onde o sol nasce primeiro.
Hélvio Romero/Estadão
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