Guardas confirmam ao menos duas novas mortes em presídio de Alcaçuz
O novo confronto entre presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, teria deixado ao menos dois mortos nesta quinta-feira (19). De acordo com informações de agentes penitenciários e policiais que estão no local, é possível visualizar dois mortos, sendo que um deles está decapitado.
Além disso, os presos teriam disparado contra uma guarita de segurança do presídio e um dos tiros ricocheteou e atingiu o capacete do diretor da penitenciária, que não ficou ferido. A Secretaria de Segurança Pública confirmou que foram apreendidas armas de fogo artesanais em duas revistas realizadas no presídio nesta semana.
Ainda de acordo com agentes penitenciários, o confronto desta quinta já havia sido anunciado na quarta-feira (18) após a notícia de transferência de presos do SDC (Sindicado do Crime) do RN. Na quarta, 220 detentetos deixaram a penitenciária de Alcaçuz.
No sábado (14), 26 detentos morreram após início da rebelião no presídio. Desde então, os presos estão no telhado e nos pátios da penitenciária ameaçando o confronto.
Ataques
Além do conflito no presídio, Natal e algumas cidades do interior estão sendo alvo de ataques. Depois de suspeitos incendiarem 11 ônibus e um carro do governo na capital potiguar durante esta quarta-feira, outros atos foram cometidos em Macau, a 180 kms de Natal, em João Câmara, a 95 km, e em Caicó, a 250 km — e onde acontece desde a noite de ontem uma rebelião na Penitenciária Estadual do Seridó. O motim não foi controlado até a manhã desta quinta-feira. Presos ainda ocupavam o teto de uma das alas do presídio.
Em João Câmara e Macau, ônibus de linhas municipal e intermunicipal foram abordados, esvaziados e incendiados. Em Caicó, três carros da Secretaria Municipal de Saúde e um ônibus foram consumidos pelo fogo a partir da ação dos criminosos. Ninguém foi preso até a manhã desta quinta.
O presidente Michel Temer autorizou nesta quinta-feira a atuação das Forças Armadas para ajudar na segurança das ruas de Natal. O pedido do envio das Forças Armadas foi feito pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), em caráter imediato. Segundo ele, a situação está se agravando e por isso era necessário o socorro ao Estado.
R7
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