Publicado em: 28 dez 2016

Citado na Lava Jato, presidente do TCE se licenciará do cargo por 3 meses

Citado em delação de executivo no âmbito da Operação Lava Jato, o presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes, teve concedida uma licença especial do cargo por três meses, a partir de 6 de março de 2017, quando acaba o recesso do tribunal.

A permissão foi dada pelo vice-presidente do tribunal, Aloysio Neves Guedes. O despacho foi publicado na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial do RJ e o motivo da licença não foi divulgado.

Delação
No dia 13 deste mês, Jonas Lopes chegou a ser conduzido de forma coercitiva à sede da Polícia Federal no Rio, na Praça Mauá, para prestar esclarecimentos. Isso porque delatores ligados às construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht citaram o TCE em depoimentos.

Em acordo de delação firmado com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor superintendente da Odebrecht no Rio, Leandro Azevedo, afirmou que Jonas Lopes pediu dinheiro para aprovar o edital de concessão do Estádio do Maracanã e o relatório de contas da Linha 4 do metrô do Rio.

Azevedo também disse que procurou Jonas Lopes e acertou o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1 milhão, que seriam pagas de seis em seis meses. O delator diz que quando esteve com Jonas Lopes, o presidente do TCE já sabia qual era o valor que tinha sido acertado.

Em resposta, na época, o presidente do TCE disse “repudiar com veemência as afirmações do executivo da Odebrecht e as atribui a uma atitude de retaliação por causa de decisões tomadas pelo TCE, que penalizaram duramente as empreiteiras”.

G1



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