Em Caaporã, unidades do Samu estão quebradas e por falta de salário serviço é paralisado
Os profissionais que atuam no Samu de Caaporã, denunciam a falta de compromisso do prefeito Doutor João Batista Soares (PMDB), com o serviço que tem a incumbência de salvar vidas. De acordo com informações repassadas ao Portal do Litoral, há três meses os salários dos funcionários não são pagos e atualmente as duas unidades do Samu estão quebradas e a base fechada, um verdadeiro abandono de um serviço tão essencial. Devido a falta de condições de trabalho, eles decidiram suspender as atividades até que haja uma solução.
A decisão foi tomada em reunião realizada na quinta-feira (24), sem a participação da coordenadora do serviço, os ativos no quatro do Samu decidiram suspender suas atividades no referido serviço preservando a própria segurança. O ato foi informando a coordenação geral do Samu da primeira macro região situada em João Pessoa, e um ofício assinado por todos os integrantes foi encaminhado, esperando que a gestão atual resolva as pendências, sem que a população seja prejudicada pelo não funcionamento do serviço que não atende apenas o município de Caaporã, mas também Alhandra, Pitimbu e Conde quando necessário.
“Colocamos todos os dias os nossos uniformes, vamos até a sede do Samu que está fechada, e lá tem uma ambulância quebrada há 10 dias, esperando o reboque para ser encaminhada a uma oficina. A outra ambulância está quebrada desde setembro. Queremos trabalhar, queremos salvar vidas. Mas, não recebemos nossa remuneração e muito menos temos a nossa principal ferramenta de trabalho, que são as ambulâncias”, disse um funcionário.
Oficialmente, o samu de Caaporã é composto por duas ambulâncias, sendo uma básica (USB) e uma avançada (USA) que é a UTI móvel, e tinham oito condutores, oito enfermeiros e oito médicos que se revezavam nas escalas de plantões, após o mês de setembro devido ao atraso do pagamento dos salários, os médicos foram deixando o serviço até que no mês de outubro só restaram dois ou três médicos, após as eleições sem justificativa alguma quatro condutores e quatro enfermeiros do serviço foram exonerados, com a alegação de contenção de gastos.
Tal alegação não se justifica, tendo em vista que que os recursos que matem o samu são repassados fundo a fundo pela União (50%) estado (25%) e a contra partida municipal de (25%). Atualmente o serviço é composto por quatro condutores, quatro enfermeiros e dois médicos, sendo um na terça e outro na sexta, só que o médico da terça encontra-se afastado por motivos pessoais, e só sombra esse pessoal e apenas um médico para atender as duas equipes.
Os funcionários denunciam também o atraso nos salários e afirmam que tal atitude não se justifica, uma vez que o recurso da União já foi repassado para o município (segundo o portal da transparência do ministério da saúde – anexo) e é o suficiente para pagamento dos profissionais que ali estão, relembrando que dois dos quatro condutores não recebem por essa rubrica.
Os profissionais do Samu de Caaporã, garantem que são compromissados, responsáveis, competentes e éticos no desempenho de suas atividades profissionais, mas, necessitam no mínimo de condições de trabalho e respeito, o que infelizmente não vem ocorrendo por parte da atual gestão, que só penaliza a população que lhes conferiu essa posição e inviabiliza o serviço para uma nova gestão que se inicia no dia 01/01/2017.
Ambulâncias Quebradas
As duas ambulâncias estão paradas, sendo que uma está na oficina desde setembro, e de acordo com a oficina já se encontra pronta e falta apenas o pagamento do serviço por parte da prefeitura. A outra ambulância quebrou na sexta-feira (18.11), e desde então encontra-se na base do Samu em Caaporã, aguardando o reboque para ser encaminhada ao reparo, e a gestão municipal está ciente do fato, pois foi comunicada através de oficio.
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