Publicado em: 3 nov 2016

“Pareço bobo, mas sou mau”, disse assassino de família paraibana na Espanha

Patrick é sobrinho do pai da família morta na Espanha

François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso de uma família paraibana na Espanha, teria dito à tia, Janaína Santos, dias antes ao crime, que “é uma pessoa má e gosta de ser assim”. O relato é de Marcos Campos, morto e esquartejado pelo sobrinho, em áudio enviado por WhatsApp a familiares em João Pessoa. A gravação foi divulgada nesta quinta-feira (3), pela rádio espanhola ‘Cope’. Ouça a mensagem mais abaixo. 

“Patrick me decepcionou muito. O Patrick que a gente conheceu [aqui na Espanha] e o Patrick que a gente conheceu aí no Brasil não têm nada a ver. Ele disse para Janaína: Eu sou uma pessoa má. Eu tenho carinha de bobo, mas eu não sou pessoa boa. Eu sou uma pessoa má e gosto de ser mau”, diz Marcos Campos na mensagem. 

O tio do assassino ainda explica que quando foi se mudar de Torrejón para Pioz convidou Patrick para ir junto, mas o jovem disse que passaria mais uns dias na antiga casa.

“Me mudei na sexta e fiquei de pegar ele no sábado ou no domingo. Só que eu trabalhei sábado, domingo e segunda. Quando eu fui buscar ele na terça, ele não estava mais lá. Disseram que ele tinha ido para um hotel e não deixou nenhum bilhete para mim. Liguei para ele e mandei mensagem de voz para saber onde ele estava, o que tinha acontecido, mas ele não me contatou e era como se o telefone estivesse bloqueado para minhas chamadas. Não sei por que”, conta Marcos. 

 

COPE accede a los mensajes de voz de uno de los asesinados en Pioz sobre Patrick,el autor confeso http://ww.cope.es/irlph2 

 
 

Os corpos de Marcos Campos, Janaína Santos e dos dois filhos do casal foram encontrados no dia 18 de setembro, dentro de sacos plásticos. Na época, peritos disseram acreditar que o crime tinha ocorrido há pelo menos um mês. Patrick se entregou às autoridades espanholas no dia 19 de outubro e confessou ter matado os familiares após sentir ódio incontrolável, sem revelar, no entanto, uma motivação mais clara. 

Na semana passada, um amigo de Patrick foi preso em João Pessoa suspeito de ser cúmplice no crime. Segundo a Polícia Civil, o assassino confesso teria conversado com Marvin Henriques Correia simultaneamente ao crime e ainda enviado selfies com os cadáveres. A versão, no entanto, foi contestada por familiares de Marvin e pela imprensa espanhola. Apesar disso, a Justiça manteve decreto de prisão preventiva e o jovem de 18 anos segue preso na Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1). 

Com Portal Correio



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