Durante a cena de sexo nas imagens, uma criança, que integra o grupo de invasores, passa ao fundo do plenário.
“Quando eu cheguei na Casa na quinta me avisaram que havia ocorrido isso (da cena de sexo no plenário). Eu estava entendendo a ocupação como um ato democrático. Mas a votação foi na terça e eles continuaram lá. Na quarta não saíram e então, na quinta, entramos com um pedido de reintegração de posse”, disse o presidente da Câmara.
“A Câmara está parada, temos votações para fazer, e não podemos ficar ao bel prazer [dos invasores], afirmou o vereador Jesus.
“Sou professor universitário e não queria parecer autoritário, já que é um ato democrático. Mas tudo tem limites”, acrescentou o vereador.
Movimento diz ser ‘tentativa falaciosa’
O G1 procurou os estudantes que coordenam o movimento que ocupa a Câmara pelo Facebook para solicitar a posição do grupo em relação ao ocorrido. Eles possuem uma página oficial da ocupação, chamada “Ocupa Câmara Guarulhos”.
Em nota, a Comissão de Comunicação Ocupa Câmara de Guarulhos afirmou: “não cairemos em tentativas falaciosas de deslegitimar os movimentos com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política”.
“Primeiramente, temos que deixar claro que em nosso movimento não há um líder todas as decisões são decididas em assembleia”, informaram em mensagem pelo Facebook.
Veja a íntegra da nota do movimento Ocupa Câmara Guarulhos:
“Nós, estudantes e trabalhadores que ocupamos de forma legítima e auto-organizada a Câmara Municipal de Guarulhos, viemos por meio desta nota reforçar mais uma vez a legitimidade de nossa ação, contra a PEC 55/2016 e a MP da Reforma ‘empresarial’ do ensino médio, e dizer que NÃO CAIREMOS EM TENTATIVAS FALACIOSAS de deslegitimar os movimentos, com fatos risíveis e sem real importância diante da atual conjuntura política e a luta travada contra o retrocesso.
Reforçamos o recado: Não tem arrego, não tirarão nossa voz!
Só a luta muda a vida.
Assinado, Comissão de Comunicação Ocupa Câmara Guarulhos”.