Publicado em: 18 out 2016

Fraude: vocalistas da banda Aviões do Forró prestam depoimento na sede da PF

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a operação “For All” para investigar fraudes no Imposto de Renda cometidas pela empresa A3 Entretenimento, que administra a banda Aviões do Forró, entre outras. Os cantores Xand e Solange Almeida, vocalistas da Aviões, depõem na sede da Polícia Federal nesta manhã. Eles foram levados para prestar esclarecimentos, segundo confirmou a PF, em coletiva. A ação da PF conjunta  com a Receita Federal.

O G1 tentou contato com a A3, empresa investigada na operação, e foi informado que ninguém comentaria o assunto. Em nota, a Banda Aviões do Forró informou  “que está à disposição da Polícia Federal e da Justiça e que colaborará com todos os questionamentos em relação à operação”.

Estimativa preliminar divulgada pela Receita Federal já identificou uma omissão de receitas de mais de R$ 300 milhões. Em coletiva, a PF disse que a sonegação pode chegar a R$ 500 milhões.

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Estão sendo cumpridos 76 mandados judiciais, sendo 32 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada) e 44 de busca e apreensão em Fortaleza, Russas (CE) eSousa (PB). Há apenas um mandado sendo cumprido na Paraíba; os demais são no Ceará. Não houve prisões. Os mandados estão sendo cumpridos por cerca de 260 policiais federais e 35 auditores.

Entre as pessoas levadas à sede da Polícia Federal, em Fortaleza, para prestar depoimento estão os empresários Isaías Duarte e Carlos Aristides, do grupo A3 Entretenimento.

A Justiça Federal também decretou o bloqueio de imóveis e a apreensão de veículos pertencentes a pessoas ligadas ao grupo.

Há indícios de que os integrantes da organização forneciam dados falsos ou omitiam dados nas suas declarações de Imposto de Renda pessoa física e jurídica, para eximir-se da cobrança de tributos.

O grupo ainda adquiria bens, como veículos e imóveis, sem declarar ao Fisco. Foram encontradas divergências sobre valores pagos a título de distribuição de lucros e dividendos, movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos declarados, pagamentos elevados em espécie, além das diversas variações patrimoniais a descoberto.

No decorrer da investigação, foram identificados indícios de lavagem de capitais, falsidade ideológica e associação criminosa.

“As medidas judiciais cumpridas hoje pela Polícia Federal têm por finalidade buscar a responsabilização das pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo empresarial e possibilitar que Receita Federal se municie de elementos suficientes permitindo uma real avaliação dos possíveis tributos sonegados”, informou a PF.

A Receita Federal divulgou que as investigações inciaram em 2012 e foram aprofundadas a partir de 2014, com a parceria da Polícia Federal e do Ministério Público.

 

 

 

 

G1CE




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