Publicado em: 24 ago 2016

Efimova reclama de vaias na Rio 2016: “Não era competição, era guerra fria”

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Nem todos os nadadores que competiram nestes Jogos Olímpicos terão saudade das águas do Rio. Para Yulia Efimova – que conseguiu de última hora o direito de competir na Olimpíada, desvinculando-se do escândalo de doping que atingiu boa parte da delegação russa – nem mesmo as duas medalhas de prata conquistadas nas piscinas cariocas falaram mais alto do que as vaias que recebeu.

– Me senti sob pressão dos atletas, dos fãs, da imprensa. Isso foi horrível e não era como estar numa Olimpíada, que normalmente une as pessoas. Não era uma competição, mas uma guerra… guerra fria – disse a nadadora de 24 anos, que terminou na segunda posição nos 100m e 200m nado de peito.

Durante as competições no Estádio Aquático Olímpico, Efimova foi hostilizada nem tanto pelo público, mas por outros atletas, como as americanas Lily King e Katie Meili, que se recusaram a cumprimentá-la no pódio dos 100m peito.

– Claro, foi bem difícil para mim no Brasil. Pessoas com quem eu me dava bem, sequer me diziam oi, ou então me encaravam de um jeito estranho – afirmou Efimova, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

– Em relação a King e Meili, só percebi como elas agiram quando vi uma gravação. Realmente, foi um comportamento antidesportivo. Entendo que King ainda é jovem, mas as pessoas não devem agir assim. Depois, ela tentou pedir desculpas. Não guardo ressentimentos contra ela – garantiu a nadadora.

Ela acredita que a pressão sobre a Rússia tende a crescer após os Jogos. Dos 387 atletas russos inicialmente inscritos para a Olimpíada no Brasil, apenas 271 foram liberados para competir.

A própria Efimova já enfrentou dois casos doping na carreira. Em 2013, foi suspensa por uso do esteroide 7-Keto DHEA e cumpriu suspensão de 16 meses. Este ano, voltou a falhar para substância Meldonium, mas acabou tendo a acusação retirada por não ser possível provar se a ingestão teria ocorrido antes ou depois do banimento do produto, excluído pela Agência Mundial Antidoping a partir de janeiro deste ano.

GloboEsporte 



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