Que coisa mais linda! Brasil dá show na cerimônia de abertura dos Jogos; Veja
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Foram exatos 2500 dias de espera. Desde o 2 de outubro de 2009, dia em que o Rio de Janeiro foi oficializado como sede da Olimpíada, até a noite desta sexta-feira, na cerimônia de abertura no Maracanã.
Críticas e dúvidas existiram diversas, ainda mais perto dos Jogos. No entanto, no primeiro grande teste, que era a cerimônia de abertura, dá para dizer que o Rio de Janeiro passou com direito a elogios mundiais.
Depois de Pelé ter alegado motivos de saúde para rejeitar ser o responsável por acender a pira olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro de 2016, a honra, às pressas, acabou caindo nas mãos de Vanderlei Cordeiro de Lima, que nesta sexta-feira fez o gesto que oficialmente dá início às competições.
Vanderlei Cordeiro já havia carregado a chama olímpica no caminho dela pelo Brasil. O ex-maratonista ficou conhecido pela medalha de bronze nos Jogos de Atenas-2004, onde conquistou o bronze depois de ser atrapalhado pelo padre irlandês Cornelius Horan, que invadiu a competição quando o brasileiro liderava.
O ex-tenista Gustavo Kuerten, um dos cotados para acender a pira, entregou a chama nas mãos de Hortência, que passou para Vanderlei.
“Aqui estamos para entregar a história, história a ser feita pelos atletas, voluntários, público e juventude. O sonho olimpico agora é uma realidade maravilhosa. O melhor lugar do mundo é aqui, agora. Rio, Brasil. O Brasil dá as boas-vindas ao mundo de braços abertos. Eu sou o homem mais orgulhoso do mundo. Tenho orgulho da minha cidade, meu pais”, disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.
“Nasce hoje um mundo novo. Trabalhamos 7 anos numa jornada de superação e paixão pelo esporte. Lembrem-se, os filhos do Brasil não fogem à luta, são fortes. O Rio estáorgulhoso de ser capital olímpica do mundo. E o Rio de Janeiro continua lindo.Nós nao desistimos dos nossos sonhos. Essa é a força do povo. Em nome dos brasileiros, eu dou boas-vindas ao mundo, sabendo que hoje o mundo é carioca”, completou.
Bach também deu sua mensagem sobre o início dos Jogos na cerimônia de abertura. “Boa noite, cariocas. Boa noite, Brasil. Esse é o momento da cidade maravilhosa. Esses primeiros jogos da América do Sul vão do Brasil para o mundo inteiro. Todos os brasileiros podem estar muito orgulhosos nesta noite”, declarou o dirigente, exaltando os atletas refugiados.
“Atletas refugiados, você estão mandando uma mensagem de esperança para o mundo. Vocês estão fazendo uma grande contribuição à sociedade. No mundo olímpico, nós não toleramos adversidade, damos boas-vindas a algo que enriquece nossa diversidade”
A cerimônia
Logo no início da cerimônia, o protocolo da Olimpíada de apresentação do presidente do país-sede foi quebrado. No caso, Michel Temer, interino, não foi anunciado. Depois de Thomas Bach, presidente do COI, a abertura seguiu para o hino nacional, interpretado por Paulinho da Viola.
Na parte final da cerimônia, Temer declarou oficialmente o início dos Jogos e foi vaiado por parte da torcida no Maracanã.
Com a parte artística já rolando no palco do Maracanã, a apresentação iniciou falando justamente da história do Brasil, passando pela descoberta pelos portugueses até a escravidão.
O 14-bis, invenção inovadora de Santos Dumont na aviação, também foi lembrado na cerimônia.
Depois do contexto histórico brasileiro, a apresentação seguiu com a cultura do país nos dias de hoje.
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Daniel Jobim apareceu no piano no Maracanã interpretando “Garota de Ipanema”, famosa na voz de seu avô, Tom, enquanto a topmodel Gisele Bundchen, que recentemente se aposentou das passarelas, fazia seu último desfile.
A participação de Gisele foi diferente da que foi apresentada à imprensa no ensaio geral da cerimônia. Isso porque a suposta cena onde a modelo era assaltada por um menino de rua gerou uma repercussão negativa e foi cortada.
Logo depois, o diretor da cerimônia de abertura, o cineasta Fernando Meirelles, afirmou que não era para ser um assalto e sim um pedido de selife.
De qualquer jeito, a participação de Gisele ficou restrita ao desfile.
Seguindo na música, a cerimônia apresentou o funk, ritmo popular e nascido no Rio de Janeiro. Claro, não podia faltar ele, o pagode, interpretado por Zeca Pagodinho e Marcelo D2, que cantaram “Deixa a Vida Me Levar”.
Jorge Ben Jor puxou o coro no Maracanã cantando “País Tropical”, que seguiu na voz do povo à capela mesmo depois da música ter parado.
Uma mensagem socioambiental alertando para os riscos do aquecimento global finalizou a parte artística, dando início às apresentações dos países.
Além do Brasil, a delegação mais festejada foi a dos refugiados. As de Argentina e Alemanha, obviamente foram as mais vaiadas.
Depois dos discursos de Nuzman e Bach, Emanuel, Marta, Torben Grael, Joaquim Cruz, Sandra Pires e Oscar Schmidt carregaram a bandeira olímpica para dentro do estádio.
Coube ao velejador Robert Scheidt fazer o juramento olímpico.
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta abriram o último bloco artístico, que contou ainda com as principais escolas de samba do Rio de Janeiro.
iG
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