Publicado em: 28 jul 2016

Mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina posta foto de filho no Facebook

Perfil do Facebook

Ana Carolina Oliveira, 32, mãe de Isabella Nardoni, morta em 2008, postou nesta semana em seu Facebook a foto do filho Miguel, que teve com o administrador Vinicius Francomano, 29.

Isabella tinha 5 anos de idade quando foi encontrada morta no jardim do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, na noite de 29 de março de 2008. Em 2010, o pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta dela, Anna Carolina Jatobá, foram condenados pela Justiça pelo assassinato da criança.

Para a acusação, a madrasta asfixiou a criança, após discutir com ela, e o pai a jogou da janela do sexto andar do prédio. Alexandre recebeu pena que foi reduzida para 30 anos, 2 meses e 20 dias, e Anna Carolina, a 26 anos e 8 meses. Os dois estão detidos em Tremembé, interior do estado. Eles sempre negaram o crime, alegando que um invasor entrou no prédio e matou Isabella.

“Obrigado Queridaaaaa”, escreveu Ana Carolina na última terça-feira (26) em resposta a uma mulher que havia parabenizado o casal pelo nascimento de Miguel, em sua página pública na rede social. “Ownnnn que lindo Carolzinha!! Que papai do céu abençoe sempre sempre sempre esta criança e que acampe seus anjos sobre ela!!! Deus abençoe muito a sua família…..<3 Sou sua eterna fã…”

Na fotomontagem publicada na internet, Ana Carolina e o marido beijam os pés do filho e também olham para ele atrás de uma estrutura onde se lê “Amor”. O rosto do bebê não é mostrado.

“Mãe Apaixonada pelo seus Filhos. minha Estrelinha Isabella e meu Príncipe Miguel. Minha Vidas”, escreveu Ana Carolina na apresentação de sua página pessoal na web. O G1 não conseguiu localizar o casal nesta quinta-feira (28) para saber quando o menino nasceu.

Na quarta-feira (27), ela deu entrevista ao Programa do Gugu, da TV Record, contando sobre o nascimento do filho. De acordo com a reportagem, Ana Carolina se casou com Vinicius em 2014. Eles se conheceram após o midiático julgamento do casal Nardoni.

Na entrevista a TV Record, Ana Carolina comentou que pretende ter mais um filho.

Caso Isabella
O caso Isabella completou oito anos neste ano  com a defesa do casal Nardoni ainda aguardando a Justiça julgar um último recurso que pede a anulação do júri que condenou o pai e a madrasta da menina pelo assassinato dela. Além disso, a Polícia Civil abriu recentemente um novo inquérito para apurar se o avô paterno da criança também teve participação no crime.

Em entrevista em março ao G1, os advogados Roberto Podval e Roselle Sóglio, que defendem o casal, afirmaram que aguardam o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o pedido para que seus clientes tenham um novo julgamento.

‘Novo laudo’
A defesa quer a anulação do júri para poder solicitar à Justiça a inclusão de um parecer técnico e de uma animação feitos em 2013 pelo perito norte-americano James Hahn, diretor do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade George Washington. O documento apontou que as marcas no pescoço de Isabella “não são de mãos humanas”. Desse modo, a perícia concluiu que elas não poderiam ter sido causadas nem pela madrasta nem pelo pai de Isabella.

O estudo foi encomendado por Podval e Roselle, que também é perita. O “laudo particular” de 65 páginas analisou o trabalho da polícia, do Ministério Público (MP) e da Superintendência da Política Técnico-Científica Instituto de Criminalística (SPTC) de São Paulo – que sustentaram que a esganadura teria sido um dos fatores determinantes na morte de Isabella, junto com o fato de ela ter sido jogada pela janela.

Para a realização do novo laudo foram usadas fotos e até mesmo moldes feitos das mãos de Alexandre e Anna Carolina. Com base neles foi considerado o papel de cada dedo no processo de esganadura, no tipo de força necessária e nos movimentos que teriam sido exercidos.

Os advogados do casal disseram que o novo laudo reforça a tese da defesa de que as provas seriam insuficientes para condenar os Nardoni. Isso porque o perito informou que pela falta de marcas de polegares na frente do pescoço, a menina não foi esganada por mãos e dedos humanos. O relatório não apontou o que poderia ter provocado os ferimentos.

Para os advogados de defesa, a suspeita é de que os machucados no pescoço seriam consequências da queda de Isabella do 6º andar.

G1



Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...