Publicado em: 5 jul 2016

Monique Evans completa 60 com cabeça de garotinha: não consigo amadurecer

“Me sinto com 14 anos. Não consigo amadurecer”. É assim que a mais nova sessentona, Monique Evans, se enxerga. A carioca, nascida e criada em Ipanema, zona sul do Rio, começou a trabalhar como modelo aos 14. Rata de praia, acha graça quando lembra que nunca quis ser famosa e que algumas de suas capas de revistas foram feitas de cara lavada, direto das areias da praia carioca. “Eu trocava de biquíni no mar”, recorda.

Símbolo sexual dos anos 80 e 90, Monique se destacou no Carnaval carioca como a primeira rainha de bateria famosa na Mocidade Independente de Padre Miguel, em 1984, e polemizou ao desfilar de salto alto e grávida da filha Bárbara Evans em 1991. Ela também fez várias participações em novelas, filmes, foi jurada do programa do “Chacrinha” e apresentou programa sobre sexo. Do passado, Monique diz não sentir saudade, já que sua vida não mudou nada e até hoje evita sair na rua desarrumada pois sempre é abordada por pessoas pedindo para tirar fotos.

Em uma conversa com o UOL, Monique, mãe de Armando, 38, Bárbara, 25 e avó de Valentina, 7, falou abertamente sobre maternidade, carreira e relacionamento. Após quatro casamentos, ela decidiu experimentar uma relação com uma outra mulher e diz que está feliz e realizada. A companheira, a DJ Cacá Werneck, 32 anos, cuida dela, se preocupa e paparica – tudo o que Monique sempre quis e nunca tinha encontrado em homem nenhum. Para celebrar os 60 anos, a loira recebe mais de 700 convidados em um festão que acontece em uma boate de Ipanema nesta terça-feira (5). “Vão ter várias tribos. A tribos das drags, dos skatistas, dos gays. Vai ser uma loucura”, vibra.

AREIAS DE IPANEMA
“Comecei a trabalhar como modelo aos 14 anos, mas não tinha vontade nem de sair da praia para fazer as capas das revistas. Eles tinham que ir até mim, lá na praia, para tirar as fotos e foram 30 anos de modelo. Sou assim, não queria ser famosa, acabei sendo para ganhar dinheiro. Me davam biquíni, eu trocava dentro do mar, era sem maquiagem, sem nada. Tenho capas da ‘Capricho’ que são assim, estava sem maquiagem, com o cabelo para trás.”

“Nunca trabalhei visando essa coisa de sucesso, de ser famosa. Nasci em Ipanema, era acostumada com as pessoas famosas, convivia com elas. Trabalhava mesmo para ganhar dinheiro e comprar minhas coisas. Fiz mais de 50 capas de revista, desfilei na Europa”

NA AVENIDA
“Desfilei grávida da Bárbara, em 1991, e muita gente comentou porque ninguém sambava com aquele salto daquele tamanho grávida, né? Fiz a ultrassonografia depois e a bichinha estava tapando os ouvidos. Parei de desfilar porque quis. É muito trabalhoso, não tenho mais paciência pra essas coisas, não”.

VEIA ARTÍSTICA
“Nunca liguei para fama. Me chamaram para fazer a novela “Feijão Maravilha” [1979], eu não fui no dia do teste, fiquei com medo e não fui. Sou assim. Era para eu ser uma das personagens principais. Mas tenho essa veia artística, sempre convivi neste meio e só dou pra isso mesmo.” conta ela, que após rejeitar o convite, participou das novelas “O Amor é Nosso” [1981], “Cambalacho” [1986] e “Hipertensão” [1986], além de atuar nas séries “O Guarani” (1991), “Alice” (2008) e em seis filmes, entre eles “Eu” [1987], que conta a história de um milionário insaciável, interpretado por Tarcísio Meira, que passa um fim de semana na praia cercado por mulheres por quem sente desejo.

 
Fonte: UOL / Entretenimento



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