Estupro de jovem de 16 anos no Rio “está provado”, diz delegada
A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), afirmou categoricamente nesta segunda-feira que há provas suficientes de que a adolescente de 16 anos foi vítima de estupro. Em coletiva de imprensa, a delegada confirmou que o resultado do exame de corpo delito, feito tardiamente, não aponta indícios de violência, mas que isso não é determinante para atestar a ocorrência do crime.
“Na minha convicção, houve estupro. Está lá no vídeo mostrando o rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero provar agora é a extensão desse estupro, quem o praticou e quantas pessoas praticaram, uma, dez, ou trinta e três”, disse a delegada, que assumiu ontem a condução do caso, no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), criticado pela jovem.
O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, corroborou a declaração da delegada, dizendo que os vestígios do abuso podem ter se perdido com o tempo. “Não recolhemos os indícios de violência. Isso não quer dizer que não houve. O laudo só não pode concluir tecnicamente. Os vestígios se perderam e essa não colheita [de provas] pode ter acontecido por causa do tempo que passou”, afirmou Veloso. Da ocorrência do crime até a realização do exame, passaram-se cinco dias, segundo
A perita do Instituto Médico Legal (IML) Adriane Rego explicou os motivos pelos quais os indícios de violência podem não ter sido detectados na perícia. Segundo ela, o próprio organismo destroi os espermatozoides em até 72 horas após o ato sexual. Outro fator é que a vítima estava desacordada na hora do crime e, por isso, não ofereceu resistência.
Com Veja
Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter