‘Plano proposto por Temer é o mesmo que afundou a Europa’, diz Requião
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi um dos poucos a usar o plenário do Senado Federal para discursar contra oimpeachment da presidente Dilma Rousseff.
Requião criticou os planos de Michel Temer caso o vice assuma a presidência interinamente, e afirmou que as medidas neoliberais que serão tomadas pelo líder do PMDB são as mesmas que agravaram a crise em países europeus como Portugal, a Itália e a Espanha.
“Talvez eu tenha sido o único senador persistente e insistente na crítica ao governo”, disse ele, que em sua exposição não poupou críticas nem a oposição nem ao governo. “Eu protestava aqui e os ministros do meu partido defendiam a política do arrocho, que num processo recessivo só poderia levar o Brasil onde levou: o aumento da recessão, a queda do Produto Interno Bruto e uma crise de insatisfação popular de proporções enormes“, afirmou.
“Estamos em um caminho totalmente errado”, afirmou dizendo ainda que embora Temer tenha um histórico de conciliação, é um neoliberal. “O governo da Dilma é o governo do arrocho fiscal prometido pelo PSDB na campanha eleitoral“, afirmou, comparando os planos de governo da petista e de seu oponente no segundo turno, o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
“Meu voto é contra a besteira e monumental asneira contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff”, afirmou, dizendo ainda que a solução para a crise brasileira seria a formação de um governo de coalizão nacional ou a discussão, entre os partidos, de um programa de recuperação para o país.
Ele classificou as pedalas fiscais como “artifícios contábeis” para resolver um problema em um momento de dificuldade. “Este crime de responsabilidade não ocorreu, e se tivesse ocorrido teria ocorrido em 16 estados brasileiros, inclusive no estado do relator [o senador Antonio Anastasia]”
O peemedebista, no entanto, reconheceu que o atual governo tem “dificuldade enorme de subsistir por falta de apoio e por seus erros” e disse que a insatisfação popular foi alicerçada pela “relativa inabilidade” de Dilma em seus contatos com o Congresso.
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