O Santos foi multado pela Fifa por desrespeitar o estatuto de transferências da entidade ao permitir que grupos de investidores tivessem influência nas decisões sobre o futuro do atacante Neymar, vendido ao Barcelona em 2013.
O clube terá que pagar uma multa de 75 mil francos suíços (R$ 282,7 mil), além de ter recebido um alerta e uma reprimenda por infringir o o artigo 18bis do regulamento, que proíbe o poder de uma “terceira parte” influenciar em transferências, além de não colaborar com uma investigação da Fifa.
A punição se deu a partir de um processo que o Santos move contra Neymar na Fifa. O clube reclama da forma como o jogador foi negociado e, para isso, apresentou documentos que mostravam que tanto o grupo DIS como a Teisa, que eram donos de fatias do atleta, tinham que ser avisados de qualquer oferta que fosse apresentada pelo atual capitão da Seleção.
– Considera-se o clube responsável por ter assinado contratos que permitiam a terceiros influir nas dependências do clube em questões relacionadas à contratação e transferências; não ter declarado a informação obrigatória no sistema de transferências internacionais (ITMS) e não ter colaborado na investigação da Fifa – diz o comunicado da Fifa, publicado nesta terça-feira.
O GloboEsporte.com não conseguiu contato com o clube ou seus advogados. O Santos ainda pode recorrer da decisão no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte).
Outros casos
Outros três clubes foram multados pela Fifa por terem infringido o estatuto de transferências de jogadores. O Sevilla, da Espanha, o Twente, da Holanda, e o e Sint-Truidense, da Bélgica, também não obedecerem a proibição de envolvimento de terceiros (agentes e empresas) em negociações por direitos de jogadores.
O Sevilla foi multado em 55 mil francos suíços (R$ 207,3 mil) pelos mesmos motivos que o Santos. O belga Sint-Truidense pagará 60 mil francos suíços (R$ 226,1 mil) por ter assinado com terceiros um contrato de transferência futura de um jogador. O Twente, por sua vez, desembolsará 185 mil francos suíços (R$ 697,3 mil) – além de ter recebido uma repreensão – por quebrar as normas de confidencialidade, além dos mesmos motivos do caso de Santos e Sevilla.