Publicado em: 9 dez 2013

Ambição de empresário ameaça moradores do Bairro São José

shopping4Moradores do Bairro São José denunciam o crescimento desordenado de um dos Shoppings de João Pessoa. Segundo os populares, hoje a estrutura aumentou tanto ao ponto de assorear boa parte do Rio Jaguaribe que passa entre a comunidade e o estabelecimento.

A população do bairro afirma que é notória a forma ilegal que o shopping cresce. “Estamos sofrendo muito com essa situação, principalmente quando chove que o volume de água aumenta e esbarra na construção, o que acaba invadindo nossas casas”, relatam.

A ampliação desordenada é acompanhada com atenção pelos órgãos de defesa do meio ambiente. A presidente da Associação Paraibana dos Amigos da Natureza – APAN, Socorro Fernandes, diz que a área em que foi construído o estacionamento é uma de preservação permanente. “Essa área é de preservação permanente do Rio Jaguaribe e terá que ser demolida, caso isso não acontece terão que reverter o dinheiro cobrado com as taxas na área que é pública em serviços para o meio ambiente”, destaca.

A presidente afirmou ainda que o Ministério Público apresentou uma proposta onde, as taxas cobradas durante vários anos de degradação devem ser revertidos para recuperação de áreas degradas, principalmente a área do Rio Jaguaribe, o mais afetado pela construção.

A Defesa Civil de João Pessoa explica que apesar de existirem casas irregulares, o avanço das construções do Shopping sob o leito do rio prejudica consideravelmente para as inundações no local. “O estacionamento foi construído muito próximo da margem do rio, o que propicia uma redução da velocidade do curso da água naquela área ocasionando uma elevação do nível e conseqüente invasão da água em algumas casas”, afirma o coordenador municipal, Noé Estrela.

Os ambientalistas defendem ainda que os proprietários do Shopping estariam descumprindo um termo de ajustamento de conduta, que colocaria regras para a existência do empreendimento. O caso deixa as autoridades em alerta sobre a possibilidade de novas ampliações. “O mínimo que nós como cidadãos esperamos desse empreendedor é que ele possa colocar a mão na consciência e verificar os anos em que ele degradou o meio ambiente aqui na nossa cidade”, afirma a ambientalista Socorro Fernandes.

 

tambau247




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