Publicado em: 6 jan 2016

Aproximação de Dilma a governadores pode derrubar Michel Temer no PMDB

A ajuda do Governo Federal aos estados que estão em grave crise financeira pode ser um dos fatores que precipitará a queda do vice-presidente Michel Temer da presidência nacional do PMDB, na Convenção Nacional, que deve ocorrer em março.

Nos bastidores, governadores já sinalizam que a retribuição aos recursos federais para honrar a folha de pagamento dos servidores estaduais e ajudar a sanar o caos da saúde pública, no caso do Rio de Janeiro, será o apoio à presidente Dilma Rousseff na derrubada do impeachment.

Essa relação se dá sobretudo com o governador Luiz Fernando Pezão, que tem poder para formar as bases dentro do PMDB fluminense, o mais forte de todos os diretórios estaduais, e promover a troca de Temer no comando do partido.

Outro fator que poderá fragilizar o poder de Temer no comando do PMDB é a eleição para liderança de bancada do partido na Câmara. Aliado de Dilma, o deputado Leonardo Picciani (RJ) tentará se reeleger líder dos deputados peemedebistas. Se isso ocorrer, o presidente nacional do partido fica ainda mais isolado no mês que antecede a convenção.

Pertencente ao diretório mais forte do PMDB, Pezão pode ajudar na troca do comando do partido
Pertencente ao diretório mais forte do PMDB, Pezão pode ajudar na troca do comando do partido

Entenda o racha do PMDB

O silêncio do vice-presidente Michel Temer em relação à admissibilidade de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no início de dezembro, tornou patente a distância do vice do Palácio do Planalto.

O afastamento de Temer ficou ainda mais evidente com a publicação de uma carta destinada a Dilma em que relatava uma série de queixas e pedidos não atendidos pela presidente.

O próximo passo de Temer foi trabalhar para destituir Leonardo Picciani da liderança de bancada, depois que o deputado tentou compor a cota do PMDB na Comissão Especial do impeachment apenas com parlamentares favoráveis ao arquivamento do processo. A derrota de Picciani durou apenas uma semana. Seu retorno ao posto, agora, preocupa Temer e Eduardo Cunha.

Com jornal do Brasil



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